Caso Ruy Fontes: Lewandowski coloca forças federais à disposição de SP

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, lamentou o assassinato do ex-delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo Ruy Ferraz Fontes, morto a tiros na noite dessa segunda-feira (15/9). Em agenda na Câmara dos Deputados, o ministro classificou o episódio como “brutal” e colocou à disposição as forças de segurança federais para auxiliar na resolução do caso.
“Nós nos colocamos à disposição do estado, sobretudo no que diz respeito à Polícia Científica. Nós temos um banco de dados no que diz respeito a balística, DNA, informações, tudo isso nós colocamos à disposição, se necessário, do governo de São Paulo”, pontuou o ministro.
Segundo o ministro da Justiça, “o assassinato do ex-delegado-geral Ruy Fontes, em São Paulo, muito nos preocupa porque foi um assassinato brutal e isso mostra o nível de violência que, infelizmente, graça aqui no Brasil e também em outros países”, disse Lewandowski.
O titular da pasta afirmou que conversou com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), e prestou solidariedade pela morte do policial.
A execução do ex-delegado-geral foi registrada por câmeras de segurança. Ruy Ferraz Fontes dirigia um carro em aparente fuga, quando bateu em um ônibus e capotou o veículo. Na sequência, os bandidos desembarcaram de outro carro que seguia atrás e dispararam vários tiros contra o veículo do ex-delegado.
Ruy Ferraz Fontes chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos. Outras duas pessoas que estavam próximas ao local do ataque ficaram feridas durante a ocorrência.
Ainda na entrevista, Lewandowski afirmou que a política de flexibilização do acesso à armas contribuiu para a proliferação de ações violentas como essa.
“O atual governo está tentando fazer um controle dessas armas, sobretudo com relação aos CACs [Colecionadores, Atiradores Desportivos e Caçadores]. Essas armas estão, muitas vezes, nas mãos de pessoas honestas, de boa fé. São atiradores, caçadores, colecionadores. Mas, muitas vezes — na maior parte das vezes — essas armas caem nas mãos do crime organizado”, avaliou.