Marco Rubio ameaça responsabilizar aqueles que protegem Moraes
Nova York – Após aplicar sanções da Lei Magnistky contra a esposa do ministro Alexandre de Moraes, o secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, afirmou que aqueles que protegerem “atores estrangeiros malignos”, como ele classifica o juiz brasileiro, serão responsabilizados. A declaração foi divulgada nesta segunda-feira (22/9).
No comunicado, o chanceler norte-americana classificou Viviane Barci de Moraes como uma “facilitadora” do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). No texto, Rubio voltou a acusar Moraes de “instrumentalizar os tribunais”.
“Essas sanções se baseiam em uma série de ações tomadas pelo governo Trump para responsabilizar Moraes por abuso de autoridade, criação de um complexo de censura, ataque flagrante a oponentes políticos e graves violações de direitos humanos. Aqueles que protegem e permitem que atores estrangeiros malignos como Moraes ameacem os interesses dos EUA também serão responsabilizados”, declarou Rubio.
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A retaliação contra a esposa do ministro do STF acontece um dia antes da abertura da 80ª Assembleia Geral da ONU, em Nova York.
Em julho, Moraes já havia sido sancionado pela Lei Magnitsky por conta do julgamento de Jair Bolsonaro (PL). Na época, a legislação criada para punir autoridades que violam os direitos humanos foi instrumentalizada pelo governo de Donald Trump, com o objetivo de tentar interferir no processo judicial contra o ex-presidente.
Apesar das retaliações e ameaças contra o Brasil e autoridades brasileiras, Bolsonaro foi condenado a 27 anos e três meses de prisão. Após investigações, o capitão da reserva do Exército foi apontado como o líder de uma organização criminosa que tentou, em 2022, realizar um golpe de Estado no Brasil.
O objetivo seria impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), apesar de o petista ter vencido nas urnas. O plano envolvia até mesmo o assassinato de autoridades, como o atual presidente do Brasil, o vice Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes.