Saiba o destino de onça que atacou homem após quase invadir creche

A onça-pintada que circulou pelas ruas de Extrema, distrito de Porto Velho (RO), na última segunda-feira (22/9), e chegou a ferir um homem que tentou impedi-la de entrar em uma creche, teve seu destino definido. Segundo o Batalhão de Polícia Ambiental de Rondônia (BPA), o felino foi devolvido ao seu habitat natural nessa terça (23/9).

“O animal foi reintegrado à natureza em uma Estação Ecológica, área adequada e protegida para sua sobrevivência”, informou o BPA.

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Segundo o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), a soltura foi feita em uma área de floresta distante do distrito e fora da região onde o animal foi encontrado.

A operação de captura durou cerca de 10 horas. A onça foi sedada por um veterinário e levado para o Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), onde passou por avaliação.

“A captura foi concluída com êxito, garantindo a preservação da vida da onça e devolvendo a tranquilidade à comunidade de Extrema”, informou o Ibama em nota.

O caso

Durante o dia, a onça foi vista por moradores em diferentes pontos da comunidade, chegando a entrar em quintais e casas. Em um dos momentos, correu em direção a uma creche, onde foi impedida de avançar por Nardeli dos Santos Silva, morador que acabou ferido ao tentar afastar o animal.

“Acho que alguém bateu com uma ripa aqui na janela e ela [onça] correu por essa porta e saiu para o rumo da creche. Ela estava nessa casa aqui, aí devido o povo ficar vendo ela, um tumulto de gente, ela ficou meio veaca, pulou a janela lá e saiu, percorreu esses terrenos baldios e ficou lá perto da creche onde eu fui brigar com ela”, relatou à Rede Amazônica o homem, que sofreu apenas um ferimento leve.

Um vídeo feito por moradores registrou a movimentação da onça ao pular um muro e atravessar uma rua antes de entrar em uma residência. Policiais também acompanharam a perseguição até a chegada dos agentes ambientais.

Assista:

Risco de novos encontros

O distrito de Extrema é cercado por áreas de floresta e terras indígenas. Segundo o Ibama, a presença da onça em área urbana pode estar relacionada à perda de habitat, agravada pela temporada de queimadas. Nessas situações, animais silvestres tendem a se deslocar para regiões povoadas em busca de água, alimento e abrigo.

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