Com saída de Sabino, Lula avalia nomes para assumir o Turismo

Com saída de Sabino, Lula avalia nomes para assumir o Turismo

De volta ao Brasil após participar da Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai definir o futuro do Ministério do Turismo, com a iminente saída do atual titular, o ministro Celso Sabino (União-PA). O político paraense deixará o comando da pasta depois que o União Brasil, partido ao qual é filiado, rompeu com o governo e deu um ultimato para que seus correligionários entreguem cargos.

A expectativa é que o ministro se reúna com o presidente até esta sexta-feira (26/9) a fim de oficializar o pedido de demissão. Enquanto isso, nomes são cotados para assumir a vaga. Sabino quer emplacar sua atual número 2 na pasta, a secretária-executiva do Turismo, Ana Carla Machado Lopes, para substituí-lo.

Além dela, o Metrópoles apurou que, dentro do ministério, outro nome foi sondado para entrar no lugar de Sabino: o de Cristiane Leal Sampaio, secretária nacional de Políticas de Turismo.

Formada em comunicação social, Sampaio trabalhou no Ministério da Saúde e ocupou o cargo de assessora especial da Secretaria Especial de Relações Institucionais da Presidência, entre outubro de 2019 e fevereiro de 2020, durante o governo de Jair Bolsonaro (PL).

Outro nome ventilado para assumir o posto é o do atual presidente da Embratur, Marcelo Freixo (PT-RJ). A indicação do ex-deputado é defendida por uma ala do Partido dos Trabalhadores (PT), mas esbarra na intenção do político em concorrer às eleições do próximo ano. Caso decida disputar o pleito, ele teria de deixar o cargo em abril.


Desembarque

  • Na última quinta-feira (18/9), a Executiva Nacional do União Brasil decidiu antecipar o desembarque do governo Lula, antes marcado para o fim do mês.
  • A decisão ocorreu após a veiculação de reportagens que associam o presidente da sigla, Antonio Rueda, a aeronaves operadas por uma empresa ligada ao Primeiro Comando da Capital (PCC). O dirigente nega as acusações.
  • No dia seguinte, Lula e Sabino conversaram no Palácio da Alvorada e ficou decidido que a saída do titular da pasta seria oficializada após o retorno do petista da viagem à ONU.
  • Além de Sabino, são ligados ao União Brasil os ministros das Comunicações, Frederico de Siqueira, e da Integração Regional, Waldez Góes. No entanto, eles são considerados da cota pessoal do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e portanto, não devem perder espaço no governo.

Antes do ultimato do União Brasil, o entorno de Celso Sabino chegou a cogitar que o ministro se licenciasse do partido para permanecer no governo Lula. No entanto, o político paraense optou pela saída da Esplanada dos Ministérios.

A 30ª Conferência das Partes (COP30) foi colocada como principal trava para a saída de Sabino do Turismo. O evento da Organização das Nações Unidas (ONU) para mudanças climáticas acontece em Belém, no Pará, em novembro e poderia ser usado para impulsionar a campanha de Sabino para o Senado no ano que vem.

O Pará é o reduto eleitoral de Celso Sabino, governador por Helder Barbalho (MDB), que tem se alinhado cada vez mais ao presidente Lula. Com isso, uma proximidade entre o ministro do Turismo com o titular do Palácio do Planalto poderia compor o palanque eleitoral de Sabino em 2026.

No comando do Ministério do Turismo, Celso Sabino também assumiu a presidência da ONU Turismo, cargo que pretende se reeleger. O posto dá destaque internacional ao ministro brasileiro, sendo o primeiro político do Brasil a ocupar a cadeira de comando.

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