Eduardo terá partido se disputar Presidência, diz Paulo Figueiredo
O influenciador bolsonarista Paulo Figueiredo afirmou que o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) encontrará facilmente um partido político caso o PL lhe feche a porta para concorrer à Presidência da República. O comunicador vive nos Estados Unidos há onze anos, e hoje é visto como uma das figuras mais próximas ao filho 03 do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que busca preservar o espólio político do pai.
Nos últimos meses, partidos de centro-direita têm tentado pavimentar a união em torno de uma candidatura única do grupo em 2026, de preferência tendo o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) na cabeça de chapa. Eduardo, que está nos EUA desde março em busca de apoio do governo Donald Trump ao pai, tem afirmado que concorrerá ao Planalto se o ex-presidente não puder disputar a próxima eleição.
Lideranças do PL e desses partidos de centro-direita, porém, têm afirmado que Eduardo dificilmente encontrará uma sigla para concorrer. “O Brasil tem 30 partidos, é quase infantil que um não teria vontade de ganhar 25 ou 30 deputados, e talvez alguns senadores. Claro que ele está sendo assediado, mas é uma decisão que não precisa ser tomada agora”, afirmou Figueiredo em entrevista ao Metrópoles.
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O influenciador da direita ainda comparou a situação de Eduardo com a de Jair antes da sua vitória. “Mais uma vez, olha o paralelismo com Bolsonaro em 2018. Partido tem muita importância na discussão política em Brasília, e nenhuma importância nas urnas Eduardo poderia ser candidato por qualquer partido, menos PT, PSol e afins”, afirmou.
Bolsonaro concorreu pelo antigo PSL quando concorreu em 2018. A legenda, que posteriormente se fundiu com o DEM para formar o União Brasil, saiu de 8 para 52 deputados com a eleição do presidente da República. Hoje o ex-presidente está condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 27 anos de prisão, e inelegível por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Anistia ou nada
O influenciador afirmou que tudo também deve estar condicionado ao projeto de anistia aos condenados por tentativa de golpe, proposta hoje desidratada pelo Centrão, que defende apenas uma redução de penas. Figueiredo diz que a direita vai para o tudo ou nada em busca de perdão.
“As pessoas estão acostumadas ao Bolsonarismo que fazia acordos ruins e baseado na turma do deixa disso. Eles se acostumaram com a direita que faz acordos ruins. Pela primeira vez há pessoas do outro lado que estão dispostas a lutar pelo que acreditam”, disse.
O influenciador também considera que, sem anistia, o o processo eleitoral se torna “irrelevante” porque, na sua opinião, as instituições não teriam legitimidade.