Como evitar ser vítima de bebida com metanol? Veja orientações
A Polícia Federal começou, nessa segunda-feira (30/9), a investigar a procedência e a rede de distribuição de bebidas alcoólicas adulteradas com metanol. A mobilização, solicitada pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, foi anunciada nesta terça-feira (30/9), após o registro de 17 casos de intoxicação em São Paulo, com cinco mortes confirmadas.
O inquérito vai apurar a participação de facções criminosas na adulteração das bebidas e se há casos fora de São Paulo.
Técnicos dos ministérios da Justiça e da Saúde orientaram sobre a prevenção para evitar a contaminação pela substância, altamente inflamável e tóxica à saúde humana.
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As autoridades incentivam, neste momento, que a população esteja atenta ao estabelecimento frequentando e à bebida que se consome.
Em entrevista coletiva nesta terça no Palácio da Justiça, o secretário Nacional do Consumidor (Senacon), Paulo Pereira, chamou atenção para alguns indícios:
“É importante que a população fique atenta para sinais que diferenciam aquela prática do hábito da população, ou seja: a bebida que está muito barata; o fornecedor novo que apareceu; um estabelecimento que ninguém conhece; um bar novo que oferece a bebida muito barata; uma garrafa que tem um aspecto diferente”, detalhou.
Ainda segundo o secretário, o problema não está só em bares. “Parte das denúncias que a gente tem apurado são de pessoas que compraram garrafas em empórios, não estamos lidando só com a situação daquele sujeito que vai no bar e pede a bebida”.
As investigações em andamento apuraram que diferentes tipos de destilados foram adulterados com metanol, incluindo gin, uísque e vodka.
A investigação
De acordo com técnicos do ministério da Justiça, a investigação ainda está em fase inicial e alguns dos estabelecimentos que comercializaram as bebidas foram identificados. A quantidade é mantida em sigilo.
Até o momento, as ocorrências foram registradas em cinco municípios de São Paulo: Limeira, São Paulo (capital), São Bernardo do Campo, Itapecerica da Serra e Campinas.
O diretor geral da PF, Andrei Rodrigues, detalhou a possibilidade de ligação do crime organizado com a adulteração de bebidas com metanol:
“Dentro das razões [para a investigação da PF], a possível conexão com investigações recentes que fizemos, especialmente no Paraná, que se conectou com outras duas em São Paulo, em razão de toda a cadeia de combustível. Uma parte disso passa pela importação de metanol pelo [Porto de] Paranaguá. Portanto, a necessidade de entrarmos nesse caso por essas razões. A investigação dirá se há conexão com o crime organizado”.