Como será a investigação da PF sobre metanol em bebidas alcoólicas

Como será a investigação da PF sobre metanol em bebidas alcoólicas

A Polícia Federal instaurou, nessa segunda-feira (30/9), um inquérito para investigar a procedência e a rede de distribuição de bebidas alcoólicas adulteradas com metanol. A mobilização nacional foi anunciada nesta terça-feira (30/9) pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski. Cinco mortes por ingestão da substância foram confirmadas em São Paulo.

A corporação vai apurar a participação de facções criminosas na adulteração das bebidas e se há casos fora de SP. “Objetivo é verificar a procedência dessa droga e a rede possível de distribuição, que, ao que tudo indica, transcende os limites de um estado”, disse Lewandowski.

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O diretor geral da PF, Andrei Rodrigues, detalhou a possibilidade de ligação do crime organizado com a adulteração de bebidas com metanol:

“Dentro das razões [para a investigação da PF], a possível conexão com investigações recentes que fizemos, especialmente no Paraná, que se conectou com outras duas em São Paulo, em razão de toda a cadeia de combustível. Uma parte disso passa pela importação de metanol pelo [Porto de] Paranaguá. Portanto, a necessidade de entrarmos nesse caso por essas razões. A investigação dirá se há conexão com o crime organizado”.

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Além das cinco mortes confirmadas, 17 casos foram notificados até o momento: seis confirmados, um descartado e 10 estão em investigação. Todas as ocorrências foram no estado de São Paulo até agora. Veja os municípios:

  • Limeira: um caso em investigação;
  • São Paulo (capital): cinco casos em investigação, seis confirmados e um descartado;
  • São Bernardo do Campo: dois em investigação;
  • Itapecerica da Serra: um em investigação;
  • Campinas: um em investigação.

A investigação

De acordo com técnicos do ministério da Justiça, a investigação ainda está em fase inicial e alguns dos estabelecimentos que comercializaram as bebidas foram identificados. A quantidade é mantida em sigilo.

Segundo a pasta, Lewandowski determinou que os estabelecimentos que já foram identificados sejam fiscalizados. Eles receberão notificação do ministério e, a partir disso, será possível apurar informações como a identificação dos fornecedores, das pessoas que manipularam as bebidas, e quais foram as bebidas consumidas pelas vítimas.

O MJ também informou que os Procons de todo o Brasil receberam, nesta terça-feira, instruções normativas que orientam a atuação dos órgãos para “proteger a saúde dos consumidores e coibir a atuação de falsificadores e distribuidores irregulares”.

“Os Procons têm a condição de identificar eventuais consumidores que passem por essa situação, têm condição de orientar os próprios lojistas que são consumidores das bebidas. A partir dessa rfede dos Procons, nós vamos ter um radar para identificar se esses casos vão se espalhando, vão aparecendo em outros lugares do Brasil”, detalhou o secretário Nacional do Consumidor (Senacon), Paulo Pereira.

O secretário frisou que procedimentos legais serão tomados assim que eventuais culpados forem identificados.

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