A um ano das eleições, saiba quais ministros de Lula devem concorrer

Com a aproximação das eleições, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já se prepara para uma debandada de ministros no início do ano que vem. Impulsionados pela visibilidade do cargo, auxiliares são cotados para disputar desde vagas na Câmara dos Deputados até o Executivo em alguns estados.

Desincompatibilização

  • A legislação eleitoral prevê que agentes públicos que pretendem se candidatar para cargos diferentes daqueles que ocupam, devem deixar a cadeira seis meses antes da disputa.
  • No caso das eleições de 2026, o prazo de desincompatibilização encerra em abril.
  • Com isso, a expectativa é que mais da metade dos ministros saiam do governo para se dedicar à campanha.
  • A chefia das pastas deve ficar a cargo dos secretários-executivos, na maioria dos casos.

Foco no Senado

Uma das principais preocupações do presidente em relação a 2026 é ampliar a base de apoio no Senado. No ano que vem, a Casa renova 54 das 81 cadeiras. Lula quer barrar a ascensão de forças da direita, de forma a garantir a governabilidade em uma eventual reeleição, além de frear o avanço de pautas mais conservadoras.

Nesse sentido, a candidatura de ministros é uma aposta para aumentar o apoio a Lula no Senado. Alguns nomes cotados para concorrer são: Rui Costa, pela Bahia; Carlos Fávaro, por Mato Grosso; Marina Silva, por São Paulo; Silvio Costa Filho, em Pernambuco; e Waldez Góes, pelo Amapá.

De saída do governo, os ministros Celso Sabino e André Fufuca também são cotados para concorrer ao Senado. Mesmo com o desembarque dos partidos do Executivo, os dois devem contar com o apoio do petista na candidatura.

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Indefinição

Em São Paulo, o cenário é mais indefinido. O atual ministro da Fazenda, Fernando Haddad, é cotado para disputar tanto o Senado, quanto o governo do estado. A expectativa do PT é eleger ao menos um nome da sigla no maior colégio eleitoral do país.

Mas há ainda outras costuras em análise. Aliados de Lula defendem a candidatura de Geraldo Alckmin, atual vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, como governador — cargo que já ocupou por quatro vezes. Ele também foi sondado a disputar uma vaga no Senado ou permanecer na chapa para a reeleição do petista.

Outro nome sondado para a corrida em São Paulo é o do ministro Márcio França, do Empreendedorismo. O mesmo vale para a ministra do Planejamento, Simone Tebet, vista como alternativa ao Senado.

Apesar das apostas, Alckmin e Haddad têm dado sinais de que não querem entrar na disputa estadual. Recentemente, o ministro da Fazenda afirmou que a decisão sobre a candidatura não está fechada. “Eu não sei te responder o que eu vou fazer. Sei te responder o que eu fiz e estou fazendo. Neste momento, eu não tenho intenção de ser candidato no ano que vem e vou ter um tempo para planejar minha vida futura. Mas não tenho essa decisão tomada”, disse.

Em Minas Gerais, outro importante colégio eleitoral, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, é apontado como concorrente a uma cadeira no Senado.

Outras disputas

O ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB-AL), desponta como favorito ao governo de Alagoas. Ele chefiou o estado entre 2015 e 2022. De acordo com a pesquisa Real Time Big Data, o ministro tem 49% das intenções de voto, contra 43% do atual prefeito de Maceió, JHC.

Outra parcela do primeiro escalão do governo deve deixar o cargo para disputar a Câmara dos Deputados. É o caso do ministro da Pesca, André de Paula (PSD-PE), do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira (PT-SP) e Wolney Queiroz (PDT-PE).

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