Dólar abre em alta com mais “shutdown” nos EUA e alívio da inflação
O dólar abriu a sessão em alta na manhã desta terça-feira (7/10). Às 9h157, ele avançava 0,46%, cotado a R$ 5,33. Na véspera, havia registrado baixa de 0,47%, a R$ 5,31. No acumulado do mês, a moeda americana apresenta queda de 0,22% e, no ano, recuo de 14,06% em relação ao real.
Na noite de segunda-feira (6/10), o Senado americano rejeitou nova proposta que encerraria a paralisação do governo, o “shutdown”. Com isso, segue a seca de divulgação de dados sobre a economia dos Estados Unidos.
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Ainda assim, no front americano, quatro dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) devem discursar nesta terça-feira. As manifestações têm potencial de movimentar os mercados de câmbio e ações, uma vez que os agentes econômicos seguem à caça de pistas sobre o rumo dos cortes de juros no país.
Na França, a presidente do Banco Central Europeu (BCE), fala em evento no início da tarde. No dia anterior, ela afirmou que o processo desinflacionário terminou na zona do euro, com a inflação próxima da meta de 2% e projetada para permanecer nesse nível nos próximos anos.
IOF caducando
No cenário local, a Medida Provisória do IOF, que representa R$ 20 bilhões em arrecadação, perde a validade nesta quarta-feira (8/10). Na noite de terça-feira, o ministro da Fazenda , Fernando Haddad reuniu-se com o presidente da Câmara, Hugo Motta, para tentar garantir que ela seja aprovada.
Nesta terça-feira, Haddad também falou, no programa “Bom dia, ministro”, sobre a conversa de cerca de 30 minutos realizada na véspera entre os presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e dos Estados Unidos, Donald Trump. Ele afirmou que existe a expectativa de que ocorram conversas bilaterais com autoridades americanas na próxima semana, como o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent.
Inflação menor
Na manhã desta terça-feira, os investidores acompanharam a divulgação do Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), que acelerou 0,36% em setembro, segundo o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre). A variação ficou abaixo das estimativas no mercado, que projetavam uma alta de 0,42%. Com o resultado, o índice acumula alta de 2,31% em 12 meses.

