CPMI do INSS ouve ex-presidente do instituto Alessandro Stefanutto
A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que apura fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) ouve, nesta segunda-feira (13/10), Alessandro Stefanutto, ex-presidente do instituto. O esquema, revelado pelo Metrópoles em dezembro de 2023, lesou milhares de aposentados e pensionistas, causando um prejuízo de bilhões.
Até 17h30, a sessão foi suspensa duas vezes por causa de bate-boca entre o ex-presidente do instituto e o relator da CPMI, Alfredo Gaspar (União-AL). Apesar de ter o habeas corpus concedido pelo STF lhe dando o direito de ficar em silêncio diante das perguntas, Stefanutto começou respondendo as perguntas, até se negar na vez de Gaspar.
O motivo, segundo seu advogado, seria por causa de “pré-julgamentos, adjetivos jocosos apresentados pelo relator”. A sessão foi suspensa por 5 minutos para que o presidente da CPMI conversasse com o advogado. No retorno, Gaspar pontuou ao depoente que gostaria de uma resposta objetiva a uma das perguntas. Stefanutto respondeu:
“Um inquiridor não pode exigir resposta de quem está sendo inquirido. Isto é uma audácia e ao mesmo tempo uma agressão aos meus direitos constitucionais”.
Acompanhe:
A Farra do INSS
- O escândalo do INSS foi revelado pelo Metrópoles em uma série de reportagens publicadas a partir de dezembro de 2023. Três meses depois, o portal mostrou que a arrecadação das entidades com descontos de mensalidade de aposentados havia disparado, chegando a R$ 2 bilhões em um ano, enquanto as associações respondiam a milhares de processos por fraude nas filiações de segurados.
- As reportagens do Metrópoles levaram à abertura de inquérito pela PF e abasteceram as apurações da Controladoria-Geral da União (CGU). Ao todo, 38 matérias do portal foram listadas pela corporação na representação que deu origem à Operação Sem Desconto, deflagrada no dia 23 de abril e que culminou nas demissões do então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, e do então ministro da Previdência Social, Carlos Lupi.
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VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto
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Stefanutto esteve à frente do INSS entre 2023 e 2025, durante o esquema fraudulento que desviou dinheiro de aposentados e pensionistas indevidamente. Ele foi demitido do cargo após a deflagração da Operação Sem Desconto, da Polícia Federal (PF), na qual era um dos alvos.

