Bolsas da Europa avançam com alívio da crise política na França

Os principais índices das bolsas de valores da Europa fecharam em alta nesta quinta-feira (16/10), refletindo o otimismo um pouco maior dos investidores em relação à crise política na França, uma das maiores economias da região.

As ações negociadas na Bolsa de Valores de Paris atingiram as máximas dos últimos sete meses.

O que aconteceu

  • O índice Stoxx 600, que reúne ações de 600 empresas europeias listadas em bolsas, fechou em alta de 0,69%, aos 571 pontos.
  • Em Paris, o CAC 40 registrou fortes ganhos de 1,38%, aos 8,1 mil pontos.
  • Na Bolsa de Frankfurt, na Alemanha, o índice DAX terminou o dia avançando 0,38%, aos 24,2 mil pontos.
  • Em Londres, o índice FTSE 100 encerrou o pregão em leve alta de 0,12%, aos 9,4 mil pontos.
  • O Ibex 35, de Madri, também fechou em alta: 0,48%, aos 15,6 mil pontos.

Alívio na França

As bolsas europeias respiraram aliviadas com o arrefecimento das tensões políticas na França após o primeiro-ministro Sébastien Lecornu ter sobrevivido a dois votos de desconfiança do Parlamento francês.

Na última terça-feira (14/10), Lecornu propôs ao Parlamento suspender a impopular reforma da Previdência até a próxima eleição presidencial, prevista para 2027, para superar a profunda crise política que abala o país.

A suspensão da reforma era um dos temas cruciais para a oposição socialista não somar seus votos ao restante das siglas de esquerda e de extrema-direita, que anunciaram a intenção de derrubar o terceiro chefe de governo do presidente Emmanuel Macron em menos de um ano.

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O aumento gradual da idade mínima de aposentadoria, de 62 para 64 anos até 2030, e a exigência de 43 anos de contribuições para a obtenção de aposentadoria integral a partir de 2027 consolidaram o descontentamento de setores da esquerda com as políticas de Macron.

Partidos de esquerda fizeram campanha pela revogação da reforma durante as eleições legislativas antecipadas do ano passado, que provocaram a atual crise política no país ao deixar uma Assembleia Nacional sem maioria e dividida em três blocos: esquerda, centro-direita e extrema-direita.

Nestlé dispara e puxa setor de alimentos

O setor de alimentos e bebidas fechou o pregão com ganhos de quase 3%, alavancados pela valorização dos papéis da Nestlé, que subiram 9%.

Nesta quinta-feira, a gigante multinacional suíça do setor de alimentos e bebidas, anunciou que promoverá demissões em massa nos próximos meses, em mais uma tentativa de cortar custos e recuperar a confiança dos investidores.

Segundo o novo da CEO da companhia, Philipp Navratil, a rodada de demissões deve atingir cerca de 16 mil funcionários. O corte representa 5,8% da força de trabalho da Nestlé, que emprega 277 mil pessoas.

Navratil disse que a Nestlé aumentou sua meta de redução de custos até o fim de 2027, de US$ 3,13 bilhões (cerca de R$ 17 bilhões, pela cotação atual) para US$ 3,76 bilhões (R$ 20,4 bilhões).

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