Irmãos recebem transplantes de rins da mesma doadora em Goiânia

Goiânia – Os irmãos Aldemar Cavalcante Barros, de 59 anos, e Divino Cavalcante Barros, de 57, participaram de algo considerado raro na medicina e inédito na saúde pública de Goiás. Ambos foram transplantados e receberam novos rins de uma mesma doadora. As cirurgias aconteceram nessa sexta-feira (17/10), no Hospital Geral de Goiânia (HGG).

Aldemar e Divino são naturais de Porangatu, no norte goiano, oriundos de uma família de sete irmãos. Os dois são policiais da reserva e perderam as funções renais em razão da diabetes. Aldemar, o mais velho, estava na fila aguardando para realizar o transplante renal há quatro anos, quando iniciou a diálise. O irmão dele, Divino, perdeu as funções renais há um ano.

Leia também
  • São Paulo

    Homem tem metástase após transplante de fígado com câncer em SP
  • Brasil

    Paciente que recebeu rim errado será prioridade na fila de transplante
  • Saúde

    Transplante: paciente recebe rim destinado a outra pessoa em Natal
  • Saúde

    Homem passa por transplante raro para receber 5 órgãos do mesmo doador

Transplante aguardado

O transplante aconteceu quase como uma surpresa. Aldemar, que realizava a hemodiálise em Porangatu, veio a Goiânia na quinta-feira (16/10) para fazer um check-up do coração. No mesmo dia, recebeu um importante telefone que mudaria a sua vida: a notícia de que o tão aguardado transplante havia chegado.

Imediatamente, ligou para o irmão e contou as boas novas. Segundo ele, foi um choque receber a informação de que os dois receberiam os órgãos.

De acordo com o médico cirurgião Rodrigo Rosa, que integra uma das equipes do Serviço de Transplante Renal do HGG, para que o procedimento ocorra são necessários exames específicos, tanto de compatibilidade sanguínea, como dos chamados “alelos”. “Como se fosse uma cicatriz que a gente carrega no nosso gene. Cada pessoa tem um par de alelos e a gente avalia, populacionalmente, se o organismo daquele receptor não vai ter anticorpos que vão reagir contra doadores que não têm relação familiar direta com ele”, destaca.

Fila da doação

Segundo dados da Central Estadual de Transplantes, 2.458 pessoas aguardam na fila para transplante em Goiás atualmente. Destas, 686 aguardam transplantes renais, 12 de fígado, três de pâncreas e dois pâncreas/rim.

A posição na fila de espera para doação de órgãos depende de diversos fatores, tais como compatibilidade, idade, doenças associadas e grau de urgência, conforme avaliação da equipe cirúrgica e sempre com o conhecimento do receptor. Quem regula a fila é o Sistema Único de Saúde (SUS), e os órgãos doados vão para pacientes que aguardam na fila nacional única, controlada pelo Sistema Nacional de Transplantes.

Crédito da Matéria

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *