Após série de recordes, ouro tem maior queda em 12 anos. Prata afunda

Após série de recordes, ouro tem maior queda em 12 anos. Prata afunda

Depois de engatar uma sequência de altas diárias e recordes de cotação batidos, o ouro registrou nesta terça-feira (21/10) sua maior desvalorização em 12 anos.

A prata, por sua vez, teve a maior queda em mais de quatro anos, desde fevereiro de 2021.

Na divisão de metais da Bolsa de Valores de Nova York, o ouro à vista chegou a tombar 6,3%, para US$ 4.082,03 por onça-troy. Já a prata à vista recuou 8,7%, para US$ 47,89 por onça-troy.

Por volta das 11h15 (pelo horário de Brasília), o ouro cedia 4,9%, negociado a US$ 4.142,15 por onça-troy em Nova York. A prata, por sua vez, recuava 6,7%, para US$ 48,92 por onça-troy.

Demanda por metais preciosos diminui

Segundo analistas, a queda do ouro e da prata na sessão desta terça-feira está relacionada a uma ampla liquidação nos mercados, depois de um rali histórico que durou semanas. O “rali” no mercado financeiro é um período de alta nos preços de ativos.

Ao contrário das últimas semanas, a demanda por metais preciosos diminuiu em meio à expectativa de uma reunião entre os presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, e da China, Xi Jinping, provavelmente na semana que vem, para tratar das negociações comerciais entre os dois países.

Por que o ouro disparou nas últimas semanas

A recente trajetória ascendente da cotação do ouro se deveu, em grande parte, à busca dos investidores por ativos mais seguros, em meio às incertezas fiscais nos EUA e diante de um mercado de ações superaquecido.

A alta do metal foi alavancada pelo chamado “comércio da desvalorização”, com investidores procurando segurança em ativos como bitcoin e criptomoedas em geral, ouro e prata, em um movimento de claro afastamento das principais moedas.

Além disso, investidores esperam que o Banco Central dos EUA promova mais um corte de 0,25 ponto percentual na taxa básica de juros da economia norte-americana em outubro.

Atualmente, os juros no país estão situados no patamar entre 4% e 4,25% ao ano, após um corte de 25 pontos-base na última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) do Federal Reserve (BC norte-americano), em setembro.

Ativo sem rendimentos, o ouro tende a se sair bem quando o juro está mais baixo.

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