Dólar sobe com Trump-China, falas do Fed e balanços nos EUA. Bolsa cai

O dólar operava em alta nesta terça-feira (21/10), em um dia de agenda de indicadores mais esvaziada, no qual os investidores voltam suas atenções ao cenário econômico internacional.

O mercado segue acompanhando os desdobramentos da guerra comercial entre Estados Unidos e China, um dia depois de novas ameaças de tarifas feitas pelo presidente norte-americano Donald Trump.

Ainda nos EUA, o dia reserva falas de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o Banco Central norte-americano) e a divulgação de balanços corporativos importantes, entre os quais os de Netflix e Coca-Cola.

Dólar

  • Às 13h28, o dólar subia 0,09%, a R$ 5,376, praticamente estável.
  • Mais cedo, às 11h51, a moeda norte-americana avançava 0,35% e era negociada a R$ 5,389.
  • Na cotação máxima do dia até aqui, o dólar bateu R$ 5,405. A mínima é de R$ 5,37.
  • Na véspera, o dólar encerrou o dia em queda de 0,63%, cotado a R$ 5,37.
  • Com o resultado, a moeda dos EUA acumula ganhos de 0,91% em outubro e perda de 13,09% frente ao real em 2025.

Ibovespa

  • O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores do Brasil (B3), operava em queda no pregão, mas apagou parte das perdas de mais cedo.
  • Às 13h32, o Ibovespa recuava 0,12%, aos 144,3 mil pontos, perto da estabilidade.
  • No dia anterior, o indicador fechou o pregão em alta de 0,77%, aos 144,5 mil pontos.
  • Com o resultado, a Bolsa brasileira acumula baixa de 1,18% no mês e valorização de 20,14% no ano.

Guerra comercial EUA x China

O passo a passo da guerra comercial entre as duas maiores potências econômicas do planeta segue concentrando as atenções do mercado. Nessa segunda-feira (20/10), após um breve período de trégua, o presidente dos EUA, Donald Trump, voltou a ameaçar a China com tarifas mais altas. O republicano afirmou que existe a possibilidade de os EUA taxarem os produtos exportados pelos chineses em 155% a partir de 1º de novembro, caso Washington e Pequim não cheguem a um acordo comercial.

No último dia 10, o presidente norte-americano já havia dito que imporia sobretaxas de 100% sobre os produtos da China. A penalização, disse Trump, seria resultado de medidas anunciadas pelo país asiático para estabelecer um controle mais rigoroso na exportação de terras raras e outros materiais, usados na produção de itens de alta tecnologia, como semicondutores.

Agora, o valor passou para 155%. “Mas espero conseguir um entendimento com o presidente Xi Jinping e chegar a um acordo bom para ambos os lados”, disse Trump, ao fazer comentários a repórteres no Salão Oval da Casa Branca.

O presidente dos EUA também elogiou o comportamento chinês em negociações comerciais que ocorreram nos últimos meses. Ele as classificou como “muito respeitosas”. “E a China não está mais tomando vantagem dos EUA porque estão pagando as tarifas elevadas”, afirmou.

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Trump também disse que encontrará o presidente chinês, Xi Jinping, em uma reunião na Coreia do Sul, no fim de outubro, para discutir as relações comerciais entre os dois países. A reunião será realizada durante a cúpula da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec).

Apesar da nova ameaça, na última sexta-feira (17/10), o presidente dos EUA havia afirmado que a tarifa de 100% sobre produtos chineses não era sustentável.

Falas do Fed e “shutdown” nos EUA

Ainda nesta terça-feira, os investidores acompanham com atenção declarações de dirigentes do Fed, o BC dos EUA, que podem indicar “pistas” sobre a trajetória da taxa básica de juros da economia norte-americana.

O discurso mais esperado pelo mercado é o do diretor do Fed Christopher Waller. Na semana que vem, o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) do Fed se reunirá novamente para definir a nova taxa de juros, atualmente situada no intervalo entre 4% e 4,25% ao ano. A maioria dos analistas do mercado acredita em mais um corte de 0,25 ponto percentual.

As atenções do mercado também seguem voltadas para o prolongado “shutdown” que vem afetando amplos setores da economia do país. A paralisação de diversas áreas do governo se deve à falta de consenso entre democratas e republicanos para a aprovação do orçamento no Congresso Nacional.

Na semana passada, o secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent, afirmou que o “shutdown” vem “atingindo os músculos da economia” dos EUA, causando prejuízos estimados em cerca de US$ 15 bilhões por dia.

Balanços de Netflix, Coca-Coca e General Motors

Nesta terça-feira, são divulgados balanços corporativos importantes nos EUA. Entre os maiores destaques, estão os resultados trimestrais de Netflix, Coca-Cola e General Motors.

Até o momento, cerca de 75% das empresas do S&P 500 que já divulgaram seus resultados do terceiro trimestre superaram as expectativas dos analistas do mercado, segundo levantamento do Bank of America.

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