Trump alerta Putin sobre cúpula na Hungria: “Não quero perder tempo”
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta terça-feira (21/10) que a possível cúpula em Budapeste, na Hungria, com o líder russo Vladimir Putin pode ser uma “perda de tempo”, em meio ao impasse diplomático sobre o futuro da guerra na Ucrânia.
“Não quero ter uma reunião desperdiçada. Não quero perder tempo. Então, vou ver o que acontece”, declarou Trump no Salão Oval da Casa Branca.
Horas antes, assessores do governo de Trump já haviam sinalizado que não havia planos imediatos para a reunião, contrariando a intenção do republicano, que na semana passada havia determinado “agilizar a cúpula” com Putin.
Trump reafirmou que a guerra “precisa parar nas atuais linhas de batalha” e demonstrou frustração com a falta de disposição das partes para negociar.
“Vá para a linha de batalha, para as linhas do campo de batalha. E você recua e volta para casa, e todo mundo tira um tempo de folga, porque você tem dois países que estão se matando”, disse o presidente dos EUA.
Apesar de não descartar completamente o encontro, Trump admitiu que reunião com Putin deixou de ser prioridade. “Notificaremos vocês nos próximos dois dias sobre o que estamos fazendo”, completou.
Contexto atual
- A declaração ocorre em meio à tentativa de Trump de se firmar como mediador de crises internacionais, papel que o republicano busca desde o cessar-fogo entre Israel e o Hamas.
- Na última semana, ele recebeu o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky na Casa Branca e manteve uma longa conversa por telefone com Putin.
- O encontro com Zelensky, porém, não trouxe resultados concretos para Kiev.
- O líder ucraniano esperava o aval norte-americano para o envio de mísseis de cruzeiro Tomahawk, mas saiu de Washington sem garantias.
- Durante coletiva com Zelensky, Trump reconheceu o “desgaste” da guerra e agradeceu o esforço de mediação, mas alertou para a inflexibilidade de Moscou.
As tensões ocorrem menos de dois meses após a cúpula do Alasca, quando Trump e Putin prometeram “abrir caminho para a paz”. Desde então, as negociações esfriaram, e antes da última ligação entre o russo e o republicano, o Kremlin admitiu uma “pausa séria” no diálogo com Washington.








