Boulos toma posse nesta quarta com missão de “colocar governo na rua”

O novo ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Guilherme Boulos (PSol-SP), toma posse nesta quarta-feira (29/10) em uma cerimônia no Palácio do Planalto, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Nomeado na semana passada, o ministro já iniciou a transição do cargo junto ao ex-titular Márcio Macêdo, e começou a promover mudanças na pasta.

Como mostrou o Metrópoles, na coluna Igor Gadelha, Boulos demitiu o secretário nacional de Juventude, Ronald Sorriso, e deve trocar o comando de outras três secretarias: Participação Social; Diálogos Sociais e Articulação de Políticas Públicas; e Relações Político-Sociais.

Perfil

  • Boulos é psicanalista e professor, e ganhou notoriedade ao liderar o Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST).
  • Com a ida para o governo, o ministro coloca em dúvida uma candidatura dele em 2026. Caso opte por concorrer, terá de deixar o cargo até abril.
  • Em 2020, Boulos foi eleito deputado federal com mais de 1 milhão de votos, sendo o mais votado no estado de São Paulo.
  • A expectativa do governo é usar a expertise e força de mobilização de Boulos para pavimentar o caminho para a reeleição do presidente Lula no próximo ano.
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À frente da Secretaria-Geral, Boulos será responsável pela interlocução do Executivo com movimentos sociais e organizações da sociedade civil. A principal missão do ministro será a mobilização das bases visando a reeleição do presidente.

Em viagem à Indonésia, Lula admitiu pela primeira vez que vai disputar um novo mandato no pleito do ano que vem. Recentemente, Boulos teve papel central na organização dos protestos contra a PEC da Blindagem e o PL da Anistia, que levaram milhares às ruas.

Governo na rua

O psolista se prepara para começar a viajar o Brasil e se reunir com representantes da sociedade civil para ouvir demandas. Nas palavras do ministro, o objetivo é “colocar o governo na rua”.

Outros focos da gestão de Boulos serão a articulação pelo avanço da proposta que dá fim à escala de trabalho 6×1 e a regulamentação do trabalho por aplicativo.

Conhecido por liderar o MTST e com grande experiência na militância, o ministro terá desafios como fortalecer a confiança do governo com os movimentos sociais nacionais, onde a influência de Lula sofre queda, e ampliar a interlocução com a juventude.

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