PM escreveu à esposa antes de morrer em operação; veja o que ele disse
Jessica Michele, esposa do policial militar do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) Herbert Carvalho da Fonseca, de 39 anos, compartilhou, nesta quarta-feira (29/10), a última mensagem enviada pelo marido pouco antes de ser morto na megaoperação no Rio de Janeiro.
“Estou bem. Continua orando”, escreveu o policial.
Herbert foi morto durante a megaoperação deflagrada nos complexos do Alemão e da Penha, na zona norte do RJ, nessa terça-feira (28/10). Além dele, o colega de tropa Cleiton Serafim Gonçalves também foi atingido, e não sobreviveu.
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corpos enfileirados na Praça São Lucas
Tercio Teixeira/Especial Metrópoles
cadáveres serão recolhidos
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megaoperaçãono Rio deixa mais de 64 mortos
Tercio Teixeira/Especial Metrópoles
Cadáveres foram deixados na Praça São Lucas, na Penha

Morador retira cadáveres após megaoperação das forças de segurança no Rio

corpos na praça da Penha, no Rio de Janeiro
Tércio Teixeira/ Especial para o Metrópoles
Fuzis apreendidos em megaoperação no Rio de Janeiro
Reprodução/PMRJ
Cerca de 2.500 agentes das policias civil e militar participam nesta terca-feira (28) da “Operacao Contencaoî nos complexos da Penha e do Alemao, Zona Norte do Rio
GBERTO RAS/Agencia Enquadrar/Agencia O Globo
Duarnte o diálogo no WhatsApp, Jessica pergunta para o marido: “Você está bem? Deus está te cobrindo. Estou orando”. O policial chegou a pedir para que a esposa siga em oração e, logo em seguida, passa a não responder mais.
As mensagens seguintes da viúva mostram o desespero em não receber mais notícias do marido.
Última mensagem de sargento do Bope foi pedindo para a esposa seguir em oração
“Te amo. Cuidado, pelo amor de Deus. Muitos baleados. Amor, me dá sinal de vida sempre que puder”, escreveu.
Na publicação, ela posta o print da conversa e questiona: “Você não falou mais. E agora, o que vou falar para Sofia (filha do casal)?”.
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Em outra postagem nas redes sociais, ela publicou uma foto da família e desabafou que o marido morreu no mês do aniversário da filha do casal. “Outubro, mês do aniversário da minha filha. E para o resto da vida ela vai lembrar do paizinho dela”, escreveu.
Ela também relembrou a fala que o sargento, que tinha 14 anos de corporação, dizia quando perdia um colega de farda em serviço:
“Ele dizia que tinha uma senha em suas mãos, toda vez que perdia um colega. Que o dia que acontecesse com ele, iria fazendo o que mais amava. E a gente nunca acredita, esse dia chegou. Não consigo explicar essa dor”, lamentou.

