Governo da Bahia cede setor de inteligência ao RJ após operação
O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), afirmou na tarde desta quarta-feira (29/10) que disponibilizou o setor de inteligência ao Rio de Janeiro para auxiliar na identificação de presos e mortos depois da megaoperação de terça-feira (28).
Um dos traficantes mortos na ação policial, que deixou 119 mortos já é considerada a mais letal da história do Rio de Janeiro, foi Júlio Souza Silva. Baiano natural de Salvador, ele tinha vínculo com o tráfico interestadual de drogas.
Ao mesmo tempo, ao menos 16 suspeitos da Bahia foram presos na megaoperação.
“Nós disponibilizamos o setor de inteligência com informações para a inteligência do Ri9o, até para confrontar esses dados das pessoas que estão sendo colocadas como baianas, que estavam envolvidas nas mortes ou presos. Para confrontar e ajudar com as informações das inteligências”, afirmou.
As declarações foram dadas pelo governador durante o evento de posse do novo ministro da Secretaria Geral da Presidência, Guilherme Boulos (Psol), no Palácio do Planalto.
Jerônimo também defendeu um fortalecimento de uma agenda nacional de segurança pública, citando a PEC da Segurança Pública, principal pauta do governo federal para a área.
Segundo o governador, o texto não vem para ofuscar o protagonismo de governadores em seus respectivos estados, mas, sim, determina a atuação do governo federal em conjunto com os entes federados.
“Não tem como a gente não fortalecer uma agenda de sistema nacional de segurança pública. Essa é a expectativa”, concluiu.

Megaoperação
A megaoperação da polícia do Rio de Janeiro foi deflagrada na manhã de terça-feira (28/10), com o objetivo de combater membros do Comando Vermelho (CV) nos complexos do Alemão e da Penha, na zona norte do Rio.
Segundo números oficiais divulgados pelas autoridades, a ação resultou na morte de 119 pessoas, dentre as quais quatro agentes. Até a noite de terça (28), o número de mortos contabilizados era de 64, mas aumentou nesta manhã após o resgate de cadáveres na área da mata próxima ao local das ações.

