Petro culpa sanções dos EUA por impasse em reabastecimento de avião

Petro culpa sanções dos EUA por impasse em reabastecimento de avião

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, negou nesta quinta-feira (30/10) ter sofrido qualquer “humilhação” no aeroporto de Madri, após relatos de que o avião presidencial teria enfrentado dificuldades para reabastecer devido às sanções impostas pelos Estados Unidos. Em mensagem publicada nas redes sociais, ele explicou que o episódio ocorreu em Cabo Verde, na África.

Segundo Petro, a empresa norte-americana contratada pela Força Aérea Colombiana se recusou a fornecer combustível devido às restrições financeiras impostas pelo Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (Ofac), conhecido como “lista Clinton”.

“Não sofri nenhuma humilhação no aeroporto de Madri. Foi a empresa americana com a qual a Força Aérea contratou toda a gasolina no exterior, algo que nunca deveria ter acontecido, e o local era Cabo Verde. A Espanha me ajudou, pelo contrário”, afirmou.

O presidente também anunciou que determinou o rompimento do contrato com a empresa envolvida. “Ainda bem que a empresa americana está me submetendo a essa humilhação, porque o contrato com eles será quebrado”, declarou.

Petro aproveitou para reiterar críticas ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a quem responsabiliza pelas sanções aplicadas contra ele e parte de seu círculo familiar.

“O mundo sabe que Trump está me perseguindo porque me opus ao genocídio em Gaza e ao crime no Caribe, não porque eu portava cocaína ou porque tinha parentes ligados ao crime organizado”, disse.

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Gustavo Petro

Sebastian Barros/NurPhoto via Getty Images

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Gustavo Petro é presidente da Colômbia desde 2022

Vinícius Schmidt/Metrópoles

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O presidente da Colômbia, Gustavo Petro

Sebastian Barros/Long Visual Press/Universal Images Group via Getty Images

Sanções dos EUA a Petro

Na última sexta-feira (25/10), o governo norte-americano incluiu Gustavo Petro, seu filho Nicolás, o ministro Armando Benedetti e a primeira-dama Verónica Alcocer na chamada Lista de Nacionais Especialmente Designados e Pessoas Bloqueadas (SDN), que impede transações com cidadãos e empresas dos EUA.

É a primeira vez que um chefe de Estado colombiano aparece nesse tipo de sanção.

A medida ampliou a tensão diplomática entre Bogotá e Washington, que já vinham trocando acusações públicas. Recentemente, Trump chamou Petro de “chefe do narcotráfico na Colômbia” e ameaçou impor tarifas ao país. Embora a aplicação das tarifas tenha sido adiada, as sanções financeiras foram mantidas.

Além do episódio com o avião presidencial, também há relatos de que o presidente colombiano enfrenta dificuldades para receber salário e realizar transferências bancárias, já que bancos estão bloqueando contas associadas ao seu nome e ao de familiares incluídos na lista da OFAC.



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