Defesa Civil do RS reforça alerta de instabilidade severa por ciclone

Defesa Civil do RS reforça alerta de instabilidade severa por ciclone

A Defesa Civil do Rio Grande do Sul emitiu alerta vermelho, na madrugada deste sábado (8/11), sobre condições severas para instabilidades com rajadas de vento intensas que seguem em direção a Porto Alegre e região.

O aviso fala em “risco muito alto” de destelhamentos e aconselha os moradores a se abrigarem ou procurarem a Defesa Civil.

Pelo alerta, os maiores riscos se dariam até 6h30, com instabilidades associadas ao ciclone que atuam na região de Porto Alegre, com rajadas de vento intensas.

Os alertas para ciclone extratropical na região Sul começaram na quinta-feira (6/11). A previsão era de que o Rio Grande do Sul e Santa Catarina fossem atingidos por ciclones desde então. Como consequência da atuação dos fenômenos climáticos, a meteorologia previu chuva intensa e ventos fortes.

Em Santa Catarina, por exemplo, pelo menos 64 mil casas ficaram sem luz por volta das 18h30 de sexta-feira (7/11), de acordo com o painel da Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc).

A região oeste foi a mais afetada, com municípios como Faxinal dos Guedes e Ponte Serrada com quase todas as casas sem luz.

Segundo nota da Celesc, as principais causas das ocorrências estão relacionadas aos fortes ventos e tempestades com descargas atmosféricas. Mais de 200 equipes atuam em campo para restabelecer o fornecimento de energia, conforme a companhia.

Sul, Sudeste e Centro-Oeste

O avanço da frente fria deve provocar chuva e ventania ainda em grande parte do país neste sábado (8/11) e domingo (9/11).

De acordo com a Climatempo, o fenômeno vai atingir áreas do Sul, Sudeste e Centro-Oeste, com risco de temporais e rajadas que podem superar os 100 km/h em alguns pontos.

O centro do ciclone estará posicionado no litoral de Santa Catarina na madrugada deste sábado (8/11). Ao longo do dia, o sistema se desloca pelo oceano em direção às costas de São Paulo e do Rio de Janeiro.

Na madrugada e manhã de domingo (9/11), o ciclone deve se afastar em alto-mar, mas as nuvens carregadas da frente fria continuarão provocando chuva em várias regiões do Sudeste.

Segundo a previsão, as rajadas mais intensas, acima dos 100 km/h, devem ocorrer no litoral sul e extremo sul de São Paulo. Áreas com ventos entre 81 km/h e 100 km/h incluem o litoral do Rio Grande do Sul, a Serra Gaúcha, o litoral de Santa Catarina, o Paraná, a Grande São Paulo, o Sul de Minas, a Zona da Mata mineira e o Grande Rio. Em regiões do Triângulo Mineiro, Espírito Santo, Goiás e Mato Grosso, o vento pode chegar a 80 km/h.

A Climatempo alerta que as rajadas fortes podem ocorrer com ou sem chuva, já que o sistema traz grande quantidade de nuvens cumulonimbus, as mesmas associadas a tempestades severas. Essas formações podem provocar fenômenos localizados, como microexplosões e até tornados, capazes de causar danos estruturais.

Risco de ventania e ressaca no litoral

O litoral do Sul e do Sudeste deve concentrar os ventos mais intensos. No Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, a madrugada e a manhã de sábado terão ventania mais severa, principalmente na região de Florianópolis.

À tarde, o vento forte avança em direção à costa norte catarinense e ao litoral do Paraná, enquanto enfraquece gradualmente no litoral gaúcho.

Em São Paulo, as rajadas podem ultrapassar os 100 km/h, com possibilidade de interrupção de balsas na Baixada Santista e em São Sebastião. O Rio de Janeiro também deve registrar ventos de até 90 km/h, principalmente no litoral sul e na região metropolitana. Já no Espírito Santo, as rajadas podem variar entre 50 km/h e 70 km/h no sábado e domingo.

A Marinha do Brasil emitiu dois avisos de ressaca, válidos das 12h de sábado até 21h de domingo. As ondas devem alcançar entre 2,5 e 3,5 metros entre Rio Grande (RS) e Armação dos Búzios (RJ). Portos, marinas e embarcações de pequeno e médio porte devem redobrar a atenção.

Ciclones extratropicais são comuns, mas este é mais intenso

Ciclones extratropicais e frentes frias são sistemas meteorológicos típicos da América do Sul, especialmente no sul da Argentina e do Chile. Em média, de cinco a sete desses sistemas alcançam o Brasil a cada mês.

O ciclone previsto para este fim de semana, porém, chama atenção pela intensidade. A pressão atmosférica em seu centro deve cair abaixo de 1.000 hectopascais, valor considerado perigoso pelos meteorologistas. Quanto menor a pressão, maior a velocidade dos ventos e maior o potencial para a formação de nuvens carregadas e tempestades.

De acordo com a Climatempo, o contraste de pressão atmosférica gerado por essa baixa intensa é o principal fator por trás das rajadas de vento fortes que devem atingir o país nos próximos dias.

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