Tragédia em clínica: PCDF descarta que carregador provocou incêndio
A hipótese de que um carregador de celular poderia ter causado o incêndio no Instituto Terapêutico Liberte-se, clínica de reabilitação do Paranoá para dependentes químicos que pegou fogo, na madrugada desse domingo (31/8), foi descartada pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF).
O delegado-chefe da 6ª Delegacia de Polícia (Paranoá), Bruno Carvalho, chegou a comentar sobre essa possibilidade em entrevista coletiva, na tarde dessa segunda-feira (1º/9), mas, agora, com o avanço das investigações, descartou a possibilidade.
A perícia da corporação trabalha para descobrir o que causou o incêndio que matou cinco pessoas e deixou outras 11 feridas.
Cárcere privado
O delegado-chefe declarou também que os responsáveis pelo Instituto Liberte-se poderão responder pelo crime de cárcere privado. “Neste primeiro momento, o cárcere privado é um crime que a gente está investigando. Se ele pode ser ou não atribuído a título de homicídio, está sendo investigado. É o nosso ponto de partida”, explicou.
O chefe da unidade policial confirmou, ainda, que a casa estava trancada com cadeado e que havia grades nas janelas no momento do incêndio. Em depoimento, o proprietário da casa, Douglas Costa Ramos, 33 anos, justificou que o trancamento visava a segurança dos internos e que temia furtos.
Relembre o caso
Cinco pessoas morreram no trágico incêndio no Instituto Terapêutico Liberte-se, localizado no Núcleo Rural Desembargador Colombo Cerqueira.
As vítimas são:
- Daniel Antunes Miranda, 28 anos;
- Darley Fernandes de Carvalho, 26 anos;
- João Pedro Costa dos Santos Morais, 26 anos;
- José Augusto Rosa Neres, 39 anos; e
- Lindemberg Nunes Pinho, 44.
Além dos óbitos, houve 11 socorridos e levados para hospitais com sinais de intoxicação, ferimentos e queimaduras. Segundo a Secretaria de Saúde, na manhã desta segunda-feira (1º/9), duas vítimas seguiam internadas no Hospital da Região Leste (HRL) e sete no Hospital Regional da Asa Norte (Hran). Duas receberam alta.
Imagens aéreas feitas pelo Metrópoles mostram a destruição provocada pelo incêndio. Visto de cima, é possível perceber o quanto o local foi tomado pelo fogo, que acabou destruindo grande parte do telhado da residência. Na clínica, residiam 46 dependentes químicos em recuperação.
Veja imagens do local:











