Mourão diz que condenação de Bolsonaro é “uma farsa” e defende anistia
O ex-vice-presidente e senador da República Hamilton Mourão (Republicanos-RS) criticou a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a 27 anos e 3 meses de prisão no caso da trama golpista. Em um vídeo publicado nas redes sociais, nesta quinta-feira (11/9), o parlamentar falou em “vingança política” e vício no processo.
“Hoje, lamentavelmente, temos a confirmação de que parcela da justiça brasileira se tornou instrumento e arma da vingança política. Tristes, nós patriotas assistimos um processo viciado, uma farsa jurídica”, reclamou o senador, que ocupou o cargo de vice-presidente durante o governo Bolsonaro.
Para Mourão, a sentença contra Bolsonaro e aliados próximos “condena milhões de brasileiros” que apoiam a direita e o conservadorismo. Na visão do senador, isso demonstra uma perda para a democracia, “cada vez mais fraca”.
Hoje, lamentavelmente, temos a confirmação de que parcela da justiça brasileira se tornou instrumento e arma da vingança política. Tristes, nós patriotas assistimos um processo viciado, uma farsa jurídica!
A sentença contra Bolsonaro e seu núcleo de assessores mais próximos, em… pic.twitter.com/jgv2DYOLE5
— General Hamilton Mourão (@GeneralMourao) September 11, 2025
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Na mesma publicação, Mourão defendeu o projeto de lei que prevê anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023.
“A luta justa será travada em torno da anistia. A anistia é fundamental. Vejo ministros da Suprema Corte querendo interferir em assuntos políticos e comentando a respeito da anistia. Ora, senhores ministros, se querem ser políticos dispam suas togas e se apresentem para concorrer a um cargo eleitoral”, defendeu.
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) fechou em 4 a 1 o julgamento da trama golpista, condenando o ex-presidente Jair Bolsonaro e aliados dele por crimes como organização criminosa e golpe de Estado. É a primeira vez que um ex-presidente do Brasil é condenado por crimes contra a democracia. Bolsonaro foi condenado a 27 anos e 3 meses de prisão pela trama golpista.