Cúpula do Clima: Lula vê vitórias e quer mais verba de países ricos

Cúpula do Clima: Lula vê vitórias e quer mais verba de países ricos

Belém – Auxiliares do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) veem o copo meio cheio e consideram uma vitória os aportes anunciados na abertura da Cúpula do Clima. Agora, o petista chega nesta sexta-feira (7/11) para o encerramento do evento, que antecede a 30º Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30), com expectativa de catapultar o Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF).

Lula deve ter nesta sexta uma nova leva de encontros bilaterais. Um deles é com o primeiro-ministro da Alemanha, Friedrich Merz, que sinalizou aporte no fundo. Outros países que indicaram participação, mas não apontaram valores, são o Bélgica, Canadá, China, Dinamarca, Emirados Árabes, Finlândia, Irlanda e Japão, por exemplo.

Segundo interlocutores do governo, espera-se que o saldo de toda a COP para o TFFF seja definido nesta sexta. A avaliação é que os líderes que se prepararam para o evento vão anunciar aportes quando estiverem presentes. Não faria sentido anunciar na próxima semana através de um representante de nível mais baixo de governo.

12 imagensVice-presidente do Quênia, Abraham Kithure Kindiki, e presidente Luiz Inácio Lula da Silva na COP 30 Primeiro-Ministro do Reino da Noruega, Jonas Gahr Støre, e presidente Luiz Inácio Lula da Silva na COP30Secretário de Estado da Santa Sé, Cardeal Pietro Parolin, e presidente Luiz Inácio Lula da Silva na COP30Primeiro-Ministro do Reino dos Países Baixo, Dick Schoof, e presidente Luiz Inácio Lula da Silva na COP30Vice-Primeiro-Ministro e Chanceler da República Italiana, Antonio Tajani, e presidente Luiz Inácio Lula da Silva na COP30Fechar modal.1 de 12

Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e presidente Luiz Inácio Lula da Silva na COP 30

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Vice-presidente do Quênia, Abraham Kithure Kindiki, e presidente Luiz Inácio Lula da Silva na COP 30

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Primeiro-Ministro do Reino da Noruega, Jonas Gahr Støre, e presidente Luiz Inácio Lula da Silva na COP30

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Secretário de Estado da Santa Sé, Cardeal Pietro Parolin, e presidente Luiz Inácio Lula da Silva na COP30

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Primeiro-Ministro do Reino dos Países Baixo, Dick Schoof, e presidente Luiz Inácio Lula da Silva na COP30

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Vice-Primeiro-Ministro e Chanceler da República Italiana, Antonio Tajani, e presidente Luiz Inácio Lula da Silva na COP30

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Presidente Luiz Inácio Lula da Silva na COP30

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Presidente Luiz Inácio Lula da Silva na COP30

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Secretário-Geral da Organização das Nações Unidas, António Guterres, e presidente Luiz Inácio Lula da Silva na COP30

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Presidente do Banco Mundial, Ajay Banga, e presidente Luiz Inácio Lula da Silva na COP30

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Presidente do Novo Banco de Desenvolvimento, Dilma Rousseff, com a primeira-dama Janja e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na COP30

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Governador do Estado do Pará, Helder Barbalho, e presidente Luiz Inácio Lula da Silva na COP30

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A Cúpula dos Líderes reúne presidentes e demais autoridades máximas dos países. Durante a COP, as discussões acontecem em nível ministerial, junto com a sociedade civil ou empresas privadas. A próxima janela de aportes, acredita o Planalto, será na Cúpula do Mercosul, em dezembro, quando será discutido o acordo comercial com a União Europeia.

Nesta quinta-feira (6/11), Lula conseguiu anúncios de US$ 3 bilhões da Noruega, US$ 577 milhões da França e US$ 1,3 milhão de Portugal. Mas mais nações sinalizaram, durante um almoço com o petista, que aportarão verba no fundo que visa financiar a manutenção de florestas nos países em desenvolvimento. O chamado TFFF é a aposta para o legado do Brasil na COP30.

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O governo escolheu ver o copo meio cheio porque, junto com os aportes de R$ 1 bilhão cada anunciados pelo Brasil e pela Indonésia, o TFF passa a contar com US$ 5,5 bilhões prometidos. O objetivo final para investimentos de governos é de US$ 25 bilhões, com meta de fechar 2025 com pelo menos US$ 10 bilhões.

Mas a parte negativa para o governo é que tanto os aportes da Noruega quanto o da França não acontecerão de uma vez só. Os três bilhões noruegueses serão investidos ao longo de dez anos.

O TFFF

O mecanismo prevê recompensa financeira aos países em desenvolvimento que conservem esse tipo de bioma, importante para a mitigação das mudanças climáticas. Ele é tratado como o grande objetivo do governo Lula, que quer deixar como legado da COP30 a implementação de políticas climáticas que cheguem a US$ 1,3 trilhão até 2035.

“Pela primeira vez na história, os países do Sul global terão um protagonismo em uma agenda de florestas. […] Elas retêm carbono, garantem fluxos hídricos e protegem a biodiversidade. Sem elas não temos água para beber nem para plantar. Quando a destruição das florestas atingir pontos irreversíveis, será sentido nos quatro cantos do mundo”, afirmou Lula ao lançar oficialmente o TFFF, na Cúpula do Clima.

No total, mais de 70 países são considerados elegíveis para receber os recursos do TFFF. O maior desafio, porém, é fazer com que os países desenvolvidos coloquem dinheiro nesse mecanismo. Ele funcionará como uma espécie de reserva de investimento, gerido pelo Banco Mundial. Os países investidores podem resgatar o capital, e o financiamento ocorreria a partir do lucro desse fundo.

O petista reforçou a meta de recompensar os países em US$ 4 por hectare preservado. O horizonte do TFFF prevê aporte de US$ 25 bilhões de nações investidoras e US$ 75 bilhões do setor privado nos próximos anos. A ideia é que o fundo seja de perfil seguro, de baixo risco. A projeção é que o mecanismo viabilize US$ 4 bilhões anuais para a conservação ambiental.

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