Além de Tremembé: onde estão presos outros “famosos” do Brasil
Sucesso entre o público brasileiro, a série Tremembé, do Prime Video, revisita a história de criminosos envolvidos em casos que marcaram o país. O Complexo Penitenciário de Tremembé, palco da trama, localizado no Vale do Paraíba (SP), ficou conhecido por concentrar detentos “famosos”, no entanto, ele não é o único a abrigar nomes ligados a crimes de grande repercussão.
Tremembé
- Tremembé ficou conhecido como o “presídio dos famosos” por abrigar condenados de crimes de grande repercussão nacional.
- O local recebe presos que poderiam ser alvo de violência em outras penitenciárias.
- A série do Prime Video aumentou a notoriedade do presídio ao retratar casos como os de Suzane von Richthofen e irmãos Cravinhos, Elize Matsunaga, Anna Carolina Jatobá e Alexandre Nardoni.
- Outros detentos conhecidos, como Robinho, Fernando Sastre, Ronnie Lessa e Thiago Brennand, também estão em Tremembé.
- Lindemberg Alves e Roger Abdelmassih continuam cumprindo pena no complexo.
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Em diferentes estados, outros condenados cumprem pena em presídios espalhados pelo Brasil, de acordo com a gravidade dos delitos e as determinações das autoridades de segurança.
O Metrópoles reuniu uma lista com alguns desses criminosos e os locais onde estão presos. Confira.
João de Deus
João de Deus se entregou para a polícia e foi preso em dezembro de 2018
O médium João Teixeira de Faria, conhecido como João de Deus, ficou famoso em todo o país por suas supostas curas espirituais em Abadiânia (GO). A partir de 2018, dezenas de mulheres o denunciaram por abusos sexuais cometidos durante atendimentos espirituais. Ele foi condenado em diversas ações por estupro e violação sexual mediante fraude, totalizando mais de 370 anos de prisão.
João de Deus ficou detido no Núcleo de Custódia do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, de onde foi transferido após laudos médicos indicarem problemas de saúde. Hoje, cumpre prisão domiciliar, em Anápolis (GO), monitorado por tornozeleira eletrônica.
Tiago Henrique Gomes da Rocha
Tiago Henrique Gomes da Rocha, conhecido como o “serial killer de Goiânia”
O ex-vigilante Tiago Henrique Gomes da Rocha, o “maníaco de Goiânia”, confessou ter assassinado 39 pessoas entre 2011 e 2014, em Goiânia e na região metropolitana. As vítimas eram, em maioria, mulheres, mas também moradores de rua e homossexuais, mortos a tiros enquanto ele circulava de moto.
Tiago foi condenado em vários júris populares por homicídios qualificados e tentativa de homicídio, somando mais de 600 anos de prisão, ainda que a legislação limite o cumprimento a 40 anos. Ele está preso no Núcleo de Custódia do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, em regime fechado.
Marcinho VP
Márcio dos Santos Nepomuceno, o Marcinho VP, um dos líderes do Comando Vermelho
Apontado como uma das lideranças do Comando Vermelho, Márcio dos Santos Nepomuceno, conhecido como Marcinho VP, foi preso em 1997 e condenado a 36 anos em regime fechado por matar e esquartejar duas pessoas.
Devido à alta periculosidade e influência dentro do crime organizado, já passou por diversas unidades de segurança máxima. Atualmente, está custodiado no Complexo de Gericinó (RJ), um presídio federal de segurança máxima. Ele também teve passagens por penitenciárias em Catanduvas (PR) e Porto Velho (RO).
Irmãos Brazão
Domingos Brazão e Chiquinho Brazão foram apontados como mandantes da morte de Marielle e Anderson
Os irmãos Chiquinho e Domingos Brazão foram presos em março de 2024, após serem apontados pela Polícia Federal como mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em 2018.
Ambos cumprem prisão preventiva em unidades federais, um em Porto Velho (RO) e outro em Campo Grande (MS), por decisão judicial que determinou isolamento em presídios de segurança máxima enquanto o processo tramita.
Flordelis
Flordelis foi condenada por mandar matar o pastor Anderson do Carmo, que na época do crime era seu marido
A ex-deputada e pastora Flordelis dos Santos Souza foi condenada a 50 anos e 28 dias de prisão por mandar matar o marido, o pastor Anderson do Carmo, em junho de 2019. A investigação apontou que ela planejou o crime com a ajuda de filhos e filhas adotivos.
Após o julgamento, Flordelis foi transferida para o Complexo Penitenciário de Gericinó (Bangu), no Rio de Janeiro, onde segue cumprindo pena em regime fechado.
Marcola
Marcola está preso há 26 anos
Preso desde 1999, Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, é considerado o principal líder do Primeiro Comando da Capital (PCC). Ele foi condenado por roubos, tráfico de drogas, homicídios e organização criminosa, com penas que ultrapassam 330 anos de prisão.
Marcola já passou por presídios federais de Catanduvas (PR), Mossoró (RN) e Porto Velho (RO). Desde 2019, está na Penitenciária Federal de Brasília, sob regime de segurança máxima e em isolamento total.
Fernandinho Beira-Mar
Beira-Mar foi o primeiro detento do sistema penal federal
Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Fernandinho Beira-Mar, ex-líder do Comando Vermelho, cumpre pena por tráfico internacional de drogas, homicídios e organização criminosa. As condenações somam mais de 300 anos de prisão.
Pela influência dentro do crime organizado, ele já foi transferido diversas vezes entre penitenciárias federais, incluindo Catanduvas (PR), Campo Grande (MS) e Mossoró (RN), onde cumpre pena atualmente, em regime de segurança máxima.
Dr. Jairinho e Monique Medeiros
Dr. Jairinho e Monique Medeiros
O médico e ex-vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho, e a ex-professora Monique Medeiros respondem pelo assassinato do menino Henry Borel, de 4 anos, ocorrido em março de 2021, no Rio de Janeiro.
Jairinho está preso preventivamente no Complexo de Gericinó (Bangu 8). Monique, mãe de Henry, também está presa no Instituto Penal Santo Expedito, também no Complexo de Gericinó. Ela alternou períodos em prisão domiciliar e prisão preventiva. Atualmente, ambos aguardam julgamento em unidades do sistema prisional fluminense.
Champinha
Champinha foi considerado o líder do bando que matou os dois jovens
Roberto Aparecido Alves Cardoso, o Champinha, participou, quando adolescente, do sequestro, estupro e assassinato de Liana Friedenbach e Felipe Caffé, em 2003. Por ser menor de idade à época, recebeu medida socioeducativa.
Considerado perigoso e com risco de reincidência, o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou sua internação por tempo indeterminado em uma unidade especial administrada pela Secretaria da Segurança Pública de São Paulo. Ele segue preso.
Edison Brittes Júnior
Edison Brittes, assassino confesso do jogador Daniel Correia Freitas, deve pagar R$ 5 mil mensais em pensão alimentícia para a filha do jogador
Conhecido como Juninho Riqueza, Edison Brittes Júnior foi condenado a 42 anos de prisão pelo assassinato do jogador Daniel Corrêa Freitas, em 2018.
O crime ocorreu após uma festa em sua casa, em São José dos Pinhais (PR), e envolveu ocultação de cadáver e coação de testemunhas. Ele cumpre pena na Casa de Custódia de São José dos Pinhais, no Paraná, em regime fechado.
Francisco de Assis Pereira
Maníaco do Parque
Francisco de Assis Pereira ficou conhecido como o “Maníaco do Parque” após matar e violentar mulheres em São Paulo nos anos 1990. Ele atraía as vítimas com promessas de trabalho como modelo e as assassinava em áreas de mata.
Condenado a mais de 260 anos de prisão, cumpre pena em regime fechado na Penitenciária de Iaras, localizada no interior de São Paulo. Ele já passou pela Penitenciária de Tremembé.
Bruno de Souza Rodrigues e Jeander Vinícius da Silva Braga
Bruno de Souza Rodrigues e Jeander Vinícius da Silva Braga
Bruno de Souza Rodrigues e Jeander Vinícius da Silva Braga foram indiciados e presos pela Polícia Civil do Rio pelo assassinato do ator Jeff Machado, ocorrido em 2023. O corpo da vítima foi encontrado dentro de um baú enterrado no quintal de uma casa.
Bruno, apontado como mentor e executor do crime, foi preso no Vidigal, e Jeander, no Santíssimo, ambos na capital fluminense. Estão detidos em unidades prisionais do Rio de Janeiro, aguardando julgamento.

