Camada de ozônio se recupera e deve se recompor até 2050, indica ONU

Boa notícia para o planeta: a camada de ozônio está se recuperando e seu buraco deverá desaparecer completamente nas próximas décadas. É o que aponta um novo boletim da Organização Meteorológica Mundial (OMM) das Nações Unidas, publicado nesta terça-feira (16/9).

O buraco na camada de ozônio, observado anualmente sobre a Antártida, foi menor em 2024 do que nos anos anteriores. Trata-se de “uma notícia científica encorajadora para a saúde das populações e do planeta”, celebrou a ONU.

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“Hoje, a camada de ozônio está se curando”, afirmou o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, em comunicado. Segundo ele, a camada deve recuperar os níveis da década de 1980 “em meados deste século”. “Esse avanço nos lembra que, quando as nações ouvem os alertas da ciência, o progresso é possível”, destacou Guterres.

A camada de ozônio, situada entre 11 e 40 km acima da superfície terrestre, desempenha um papel essencial: ela filtra os raios UV nocivos do sol, que podem causar câncer de pele, danos ao DNA de seres vivos e enfraquecimento do sistema imunológico.

Cooperação internacional

Em meados da década de 1970, os clorofluorcarbonetos (CFCs) — gases amplamente utilizados em aerossóis e refrigeradores — foram identificados como os principais responsáveis pela rarefação da camada e pela formação de “buracos”. Um desses fenômenos reaparece a cada primavera sobre a Antártida, com grandes proporções.

Embora a redução do buraco esteja ligada “em parte a fatores atmosféricos naturais”, a OMM também atribui o progresso à cooperação internacional, especialmente ao Protocolo de Montreal, de 1987. Esse tratado permitiu eliminar mais de 99% do consumo e da produção das principais substâncias químicas que destroem a camada de ozônio, segundo a organização.

De acordo com as últimas estimativas do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), se as políticas atuais forem mantidas, os níveis de ozônio de 1980 devem ser restaurados até 2066 sobre a Antártida,, em 2045 sobre o Ártico, e a partir de 2040 no resto do mundo.

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