Catar pressiona Hamas a se desarmar em meio a novos ataques em Gaza
O primeiro-ministro das Relações Exteriores do Catar, Sheikh Mohammed bin Abdulrahman Al Thani, afirmou nesta terça-feira (29/10) que seu país está fazendo “todos os esforços possíveis” para convencer os grupos armados palestinos — como o Hamas — que operam na Faixa de Gaza, a depor as armas como parte do acordo de paz mediado por Washington, Cairo e Doha.
“Fomos muito claros com o Hamas, e eles foram muito claros conosco, de que estão dispostos a entregar suas armas ao governo”, declarou o premiê durante discurso no Conselho de Relações Exteriores, em Nova York.
Segundo ele, o desarmamento “deverá envolver todas as facções palestinas” e será um passo essencial para estabilizar o enclave.
Al Thani reconheceu, no entanto, que o processo será “difícil e gradual”. O líder qatari ressaltou ainda que Israel deverá retirar suas forças de Gaza “assim que as tropas internacionais assumirem o controle da região, conforme os acordos”.
“Precisamos criar o horizonte político e o ambiente adequados para que palestinos e israelenses possam chegar a um entendimento e a um acordo de coexistência”, destacou.
Novos ataques em Gaza
Hamas nega violações e reafirma compromisso com o acordo
O Hamas negou qualquer envolvimento nos recentes incidentes e reafirmou, em comunicado, seu compromisso com o cessar-fogo assinado em Sharm el-Sheikh, mediado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
“Este ataque terrorista é uma extensão de uma série de violações cometidas nos últimos dias […], confirmando a insistência em violar os termos do acordo e tentar sabotá-lo”, afirmou o grupo em nota.
“Escalada traiçoeira”, diz o grupo
Em novo comunicado divulgado nesta quarta-feira (29/10), o Hamas acusou Israel de “tentar impor novas realidades pela força, sob a cumplicidade americana”.
“A escalada traiçoeira contra o nosso povo em Gaza revela uma clara intenção israelense de minar o acordo de cessar-fogo e impor novas realidades pela força”, disse o movimento.







