Clínica é fechada por aplicar “milagre anti-idade” proibido no país

Duas clínicas de estética foram lacradas durante uma operação policial que identificou a utilização de substâncias proibidas no país. A Polícia Civil de Mato Grosso, por meio da Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor (Decon), em conjunto com a Vigilância Sanitária Municipal de Cuiabá (MT), interditou os estabelecimentos p0r diversas irregularidades que colocavam em risco a saúde da população, nesta quinta-feira (5/9).
De acordo com a polícia, nas clínicas foram encontrados medicamentos vencidos, sem registro de data de abertura, importados ilegalmente e sem autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Em um dos locais, os agentes também apreenderam o produto Toskani Silicor (TNK Silicor), cuja comercialização e uso são proibidos no Brasile seria chamado de “milagre anti-idade”.
Ainda segundo as investigações, uma das clínicas era administrada por uma profissional com mais de sete mil seguidores nas redes sociais. Ela oferecia procedimentos de harmonização facial e corporal, divulgando resultados de aumento de seios e glúteos semelhantes a implantes de silicone, mas obtidos exclusivamente por meio da aplicação de substâncias injetáveis.
Consultório improvisado
Nas inspeções, os fiscais também encontraram insumos fracionados de forma irregular, medicamentos armazenados sem controle de temperatura, descarte incorreto de materiais perfurocortantes e até um consultório médico improvisado, onde haveria indícios de consultas clandestinas.
Na quinta-feira (4), a operação alcançou ainda uma empresa de atendimento móvel de urgências, localizada no Bairro Quilombo. O local atuava na prestação de serviços de ambulância em eventos e possivelmente em atendimentos domiciliares de home care, mas não possuía responsável técnico, funcionava sem alvará e mantinha veículos em situação irregular.
Diante das irregularidades, as duas clínicas e a empresa de urgência foram interditadas e multadas pela Vigilância Sanitária. O delegado da Decon, Rogério Ferreira, afirmou que os procedimentos investigativos já foram instaurados para apurar responsabilidades e possíveis crimes contra a saúde pública.