COP30: príncipe William quer indígenas como protetores de ecossistemas

O príncipe William defendeu, nesta quinta-feira (6/11), na Cúpula do Clima — evento preparatório para a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30) — que as comunidades indígenas devem ser fortalecidas para proteger os ecossistemas.

Em um discurso no evento que reuniu 57 líderes mundiais, William começou falando em português, agradecendo ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e à presença dos demais participantes.

Além da participação na COP30, o herdeiro do trono do Reino Unido veio ao Brasil para a cerimônia do Prêmio Earthshot, considerado o Oscar da sustentabilidade, criado por ele para destacar as iniciativas ambientais para salvar o planeta.

Ele destacou a proteção das comunidades indígenas para as futuras gerações, lembrando que “a verdadeira liderança global está com aqueles que vivem em harmonia com a natureza”.

“Devemos fortalecê-los para que eles protejam esses ecossistemas. Na semana da ação climática, reunimos líderes indígenas e outros líderes para falar do uso da terra e trouxemos promessas para trazer aqui na COP30 no Brasil”, pontuou William ao falar sobre os indígenas.

COP30

  • A Conferência das Partes (COP) é a reunião anual da ONU em que quase todos os países negociam ações contra a crise climática.
  • O evento foi criado após a Rio-92, quando ficou claro que os países desenvolvidos eram os maiores responsáveis pelas emissões de gases do efeito estufa e deveriam liderar os cortes.
  • Em Belém, a COP30 acontecerá entre os dias 10 e 21 de novembro, com a definição de novas metas climáticas para os próximos anos.
  • A Cúpula do Clima, que reúne os chefes de Estado e tem caráter mais político, antecede as negociações da COP nos dias 6 e 7 de novembro.
  • A principal aposta da presidência brasileira no evento é o Fundo de Florestas Tropicais para Sempre (TFFF), iniciativa que busca captar recursos para preservar florestas tropicais. O Brasil já anunciou o investimento de US$ 1 bilhão no projeto.

O príncipe acrescentou que ouviu “as vozes da lideranças de povos indígenas e comunidades locais, que se tomam conta de metade das terras do mundo e de todas as florestas que ainda restam”.

“Só 11% das terras são legalmente reconhecidas. Os povos indígenas e as comunidades locais, onde eles têm seus direitos assegurados, o desmatamento é menor e o carbono é restaurado de forma mais bem sucedida. Onde eles não têm direitos reconhecidos, eles precisam resistir a projetos que ameaçam as suas vidas e as suas terras”, pontuou William.

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Ele afirmou que o reconheicmento é “uma solução climática que responde aos desafios que nosso planeta encara”.

“Eles [os indígenas] não apenas são participantes dessa luta: eles estão liderando, e nós estamos ao lado deles”, completou o príncipe.

William relatou que, durante a semana, teve o privilégio de encontrar representantes de povos indígenas e de comunidades locais, e que “conexão com eles para proteger a natureza é absolutamente inspiradora”.

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