Datafolha: 4,9 milhões vivem em áreas com presença do crime no Rio
Um levantamento do Datafolha apontou que cerca de 4,9 milhões de pessoas vivem em áreas dominadas pelo crime organizado e por milícias no Rio de Janeiro. A pesquisa afirma ainda que aproximadamente 4 milhões afirmaram ter visto pessoas armadas com fuzis nos bairros em que moram nos últimos 12 meses.
A pesquisa acumulou dados entre quarta-feira (29/10) e sexta-feira (31/10), após uma megaoperação realizada no Rio de Janeiro, que resultou na morte de 121 pessoas.
Megaoperação
- Pelo menos 121 pessoas foram mortas durante a megaoperação contra o Comando Vermelho (CV) deflagrada na manhã da última terça-feira (28/10), no Rio de Janeiro.
- Segundo o governo, o objetivo da operação era desarticular a estrutura do CV, principal facção do tráfico no estado, e apreender fuzis que a organização criminosa portava.
- A Polícia Civil do Rio afirmou, nessa sexta-feira (31/10), que o Complexo da Penha e o Complexo do Alemão se transformaram em um quartel-general nacional do CV.
O levantamento também aponta que o crime organizado é citado por 68% das pessoas que vivem em favelas, enquanto 38% daqueles que não moram nesses locais mencionaram o problema.
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A pesquisa tem margem de erro de quatro pontos percentuais para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%. Foram entrevistadas cerca de 626 pessoas, entre moradores da cidade do Rio de Janeiro e da Região Metropolitana.
Cerca de 46% dos entrevistados afirmaram ter mais medo de traficantes e facções, enquanto 18% têm mais medo das milícias e 6% temem a polícia.
Cerca de 48% dos moradores da capital do Rio vivem em áreas com presença do crime organizado, número próximo aos 46% registrados entre os residentes da Região Metropolitana.
Após a megaoperação da semana, cerca de 59% dos entrevistados afirmaram que se mudariam de cidade, caso pudessem.
Outra pesquisa, divulgada nesse sábado (1°/11), mostrou que 76% dos moradores do Rio de Janeiro e da Região Metropolitana acreditam que o Exército deve atuar na segurança pública.
