Dólar abre em alta com PIB do Brasil e julgamento de Bolsonaro no STF

Dólar abre em alta com PIB do Brasil e julgamento de Bolsonaro no STF

O dólar operava em alta nesta terça-feira (2/9), dia em que as atenções dos investidores se voltam para o noticiário político-econômico nacional.

O mercado repercute a divulgação dos dados do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil no segundo trimestre deste ano, que desacelerou em relação aos três primeiros meses de 2025, como já era esperado.

Os investidores também monitoram o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que começa nesta terça. Ele é julgado por uma suposta tentativa de golpe de Estado, em 2022.


Dólar

  • Às 9h07, a moeda norte-americana avançava 0,59% e era negociada a R$ 5,471.
  • Na véspera, o dólar encerrou a sessão em alta de 0,32%, cotado a R$ 5,439.
  • Com o resultado, a moeda dos EUA acumula ganhos de 0,32% no mês e perdas de 11,99% no ano frente ao real.

Ibovespa

  • As negociações do Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores do Brasil (B3), começam às 10 horas.
  • No dia anterior, o indicador fechou o pregão em queda de 0,1%, aos 141,2 mil pontos.
  • Com o resultado, a Bolsa brasileira acumula perdas de 0,1% em setembro e ganhos de 17,46% em 2025.

Julgamento de Bolsonaro no Supremo

A primeira semana de julgamento de Jair Bolsonaro começará com o presidente da Primeira Turma do Supremo, Cristiano Zanin, abrindo a sessão na terça-feira. Na sequência, o relator do processo na Corte, ministro Alexandre de Moraes, lê o relatório, que é uma espécie de resumo do caso.

A expectativa é de que a leitura do relatório seja breve. Após a apresentação do resumo do caso, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, terá até duas horas para sustentar a acusação da Procuradoria-Geral da República (PGR) que pede a condenação de Bolsonaro e mais sete aliados.

Passada essa etapa, será aberto espaço para as sustentações orais dos advogados dos oito réus. Cada jurista terá até uma hora para defender o seu cliente perante os ministros da Primeira Turma.

É esperado que a primeira semana de julgamento se encerre com as sustentações orais dos advogados, deixando o voto do relator, Alexandre de Moraes, para abrir a sessão do dia 9 de setembro.

Os réus respondem por tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, participação em organização criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.

No mercado, há um temor por eventuais novas sanções contra o Brasil por parte do governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aliado de Bolsonaro e que contesta a lisura do processo envolvendo o ex-presidente brasileiro.

Ao impor tarifas comerciais de 50% sobre grande parte dos produtos exportados pelo Brasil aos EUA, Trump justificou a medida dizendo que o tratamento que o Judiciário brasileiro dava a Bolsonaro era injusto. A Casa Branca também sancionou autoridades como o ministro Alexandre de Moraes, do STF, alvo da Lei Magnitsky.

PIB do Brasil no 2º trimestre

Na agenda econômica nacional, o principal destaque do dia é a divulgação dos dados sobre o desempenho do PIB brasileiro no período entre abril e junho de 2025.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a economia cresceu 0,4% no segundo trimestre, na comparação com os três meses anteriores, o que indica uma desaceleração da atividade econômica do país. Em relação ao mesmo período do ano passado, o PIB subiu 2,2%.

O resultado veio levemente acima da projeção do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado a “prévia do PIB”. O IBC-Br estimava um crescimento de 0,3% no segundo trimestre.

No primeiro trimestre de 2025, o PIB do Brasil havia crescido 1,3% (na base trimestral, em dado revisado pelo IBGE) e 2,9% (na base anual).

O PIB é a soma de todos os bens e serviços finais produzidos por um país, estado ou cidade, em um ano. A divulgação é feita trimestralmente pelo IBGE.

A estimativa do Banco Central (BC) para o crescimento da atividade econômica do país neste ano é de 2,1%. Já o Ministério da Fazenda projeta uma expansão mais otimista, de 2,5%. Para o mercado financeiro, o PIB do Brasil avançará 2,19% em 2025.

Em 2024, a economia brasileira cresceu 3,4%, ante uma alta de 3,2% em 2023.

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