Dólar abre estável em “superquarta” dos juros no Brasil e nos EUA

O dólar operava perto da estabilidade na manhã desta quarta-feira (17/9), em um dia no qual todas as atenções do mercado financeiro estão voltadas para as decisões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos.

Na véspera, o dólar encerrou a sessão em baixa, renovando a menor cotação em 15 meses, a R$ 5,298. Foi o quinto recuo consecutivo da moeda dos EUA frente ao real.

O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores do Brasil (B3), fechou o pregão em alta e voltou a renovar suas máximas históricas intradiária (durante a sessão) e de fechamento.

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Dólar

  • Às 9h08, a moeda norte-americana avançava 0,02% e era negociada a R$ 5,301, praticamente estável.
  • No dia anterior, o dólar fechou em queda de 0,43%, cotado a R$ 5,298. Foi o menor valor de fechamento desde o dia 6 de junho de 2024.
  • Com o resultado, a moeda dos EUA acumula perdas de 2,29% no mês e de 14,27% no ano frente ao real.

Ibovespa

  • As negociações do Ibovespa começam a partir das 10 horas.
  • Na véspera, o indicador fechou em alta de 0,36%, aos 144.061,74 mil pontos, em nova máxima histórica de fechamento.
  • Na máxima do pregão, o índice cravou 144.584,09 pontos, batendo seu novo recorde histórico.
  • Com o resultado, a Bolsa brasileira acumula ganhos de 1,91% em setembro e de 19,82% em 2025.

Copom e Fed anunciam taxa de juros

“Superquarta” é o termo usado no mercado financeiro para o dia em que coincidem as divulgações das taxas básicas de juros nos dois países. É o caso desta quarta-feira, data na qual tanto o Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central (BC), quanto o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc), do Federal Reserve (Fed, o BC dos EUA), anunciam o resultado de suas reuniões.

A taxa básica de juros é o principal instrumento do Banco Central (BC) para controlar a inflação. A Selic é utilizada nas negociações de títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas da economia.

Quando o Copom aumenta os juros, o objetivo é conter a demanda aquecida, o que se reflete nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Assim, taxas mais altas também podem conter a atividade econômica.

Ao reduzir a Selic, por outro lado, a tendência é de que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica.

Na última reunião do Copom, no fim de julho, a autoridade monetária decidiu interromper o ciclo de alta e manteve os juros inalterados, em 15% ao ano. A tendência é que isso se repita nesta semana.

Já nos EUA, o Fed também não mexeu na taxa, que foi mantida no intervalo entre 4,25% e 4,5% ao ano. Neste momento, 100% dos analistas do mercado trabalham com o cenário de queda dos juros na quarta-feira. A dúvida é se o corte será de 0,25 ou de 0,5 ponto percentual.

Nos EUA, dados da ferramenta FedWatch, do CME Group, dono da maior bolsa de derivativos do planeta, mostravam, nesta manhã, que as possibilidades de corte de 0,25 ponto percentual dos juros eram de 94%. As chances de uma queda maior, de 0,5 ponto percentual, atingem 6%. Ou seja, a redução é tida como uma “barbada”, a questão é o tamanho do tombo e se ele vai perdurar ao longo deste ano.

No Brasil, a situação é diferente. Se há unanimidade, ela aponta para a manutenção da Selic no atual patamar de 15% ao ano, o maior nível desde 2006.

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