Elevador da Glória: acidente em Lisboa lembra queda do bondinho no Rio

Elevador da Glória: acidente em Lisboa lembra queda do bondinho no Rio

Uma das principais atrações turísticas de Lisboa, o Elevador da Glória, descarrilou e tombou nesta quarta-feira (3/9), deixando ao menos 15 mortos e cerca de 20 feridos, incluindo uma criança de três anos. O acidente ocorreu no trecho da Avenida da Liberdade, mobilizando equipes de emergência e mais de 30 agentes para resgate das vítimas presas às ferragens. O episódio remete à tragédia do bonde de Santa Teresa, no Rio de Janeiro, em 28 de agosto de 2011, quando seis pessoas morreram e 57 ficaram feridas.

Na ocasião, uma falha no sistema de freios fez o bonde descarrilar e bater em um poste, revelando problemas graves de manutenção, como cilindros desgastados e peças remendadas.

Cinco funcionários foram denunciados por homicídio e lesão corporal culposa.

No caso de Lisboa, ainda não se conhecem as causas exatas do descarrilamento. A manutenção do Elevador da Glória é realizada pela empresa Maintenance Engineering, contratada pela Carris em 2022.

Segundo a diretora da Proteção Civil, Margarida Castro Martins, a falha pode estar relacionada a cabos e ao funcionamento dos elétricos, que operam de forma compensada. A investigação ficará a cargo do Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes Ferroviários.

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Semelhanças

Ambos os acidentes envolvem bondes históricos e centenários, tradicionalmente usados tanto por moradores quanto por turistas. Enquanto o bonde de Santa Teresa tombou em descida íngreme no Rio, provocando impacto em postes e ruas estreitas, o Elevador da Glória operava em trilhos da Avenida da Liberdade, no coração turístico de Lisboa.

Em ambos os casos, as tragédias expuseram vulnerabilidades na manutenção de veículos históricos.

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Felipe Hanower

Repercussão de líderes internacionais

O presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, decretou luto nacional e prestou solidariedade às famílias. Líderes estrangeiros, como Emmanuel Macron e Ursula von der Leyen, também manifestaram apoio.

O governo brasileiro comunicou que não há registro de vítimas brasileiras e colocou o consulado em Lisboa à disposição.

O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, afirmou: “Lisboa está de luto. É uma tragédia que nunca aconteceu na nossa cidade. O momento é de ação e ajudar. A única coisa que posso dizer é que é um dia muito trágico.”

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