Empresa de home care deixará o SUS e famílias do DF temem apagão
Após reclamações de famílias de pacientes e denúncias de supostas falhas, a empresa de atendimento domiciliar SOS Vida desistiu de renovar o contrato com a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF).
Atualmente, a home care atende a 53 pacientes. A empresa comunicou para a pasta a falta de interesse de renovação no dia 31 de outubro de 2025. O contrato com a SOS Vida tem vigência até 10 de janeiro de 2026.
A notícia despertou sentimentos conflitantes entre as famílias. Por um lado, muitas têm a esperança da melhoria na prestação do serviço. Por outro, temem a desassistência dos pacientes durante a transição.
O Metrópoles conversou as famílias, que pediram que as identidades fossem preservadas. Elas relatam falhas constantes no atendimento, ausência de materiais e até mesmo de remédios como antibióticos. As denúncias foram apresentadas na Ouvidoria e diretamente para a SES-DF, mas não houve solução.
“Está no contrato que não podem deixar os pacientes desassistidos. E os pacientes estão passando por sérias consequências. Não tem suporte. Eles não têm compromisso com os pacientes”, criticou o parente de um paciente.
Em setembro de 2025, pacientes reclamaram que passaram períodos longos sem assistência, o que compromete o tratamento pela alta rotatividade dos profissionais, especialmente técnicos de enfermagem.
Agora, com o anúncio da falta de renovação do contrato com a empresa que presta o serviço atualmente, as famílias temem que os pacientes fiquem sem assistência domiciliar.
Secretaria de Saúde
Segundo a Secretaria de Saúde, a empresa SOS Vida comunicou oficialmente que não tem interesse em prorrogar o contrato vigente, em razão da decisão dos proprietários de encerrar as atividades da empresa em Brasília (DF).
De acordo com a pasta, os atendimentos vêm sendo realizados conforme as cláusulas contratuais. A secretaria garantiu que mantém acompanhamento e fiscalização contínua dos serviços prestados.
“O contrato com a SOS Vida segue em vigor, com vigência até 10 de janeiro de 2026, e os pacientes continuam assistidos normalmente até a finalização do vínculo e eventual transição de prestador”, afirmou em nota.
Outro lado
O Metrópoles entrou em contato com a SOS Saúde. O espaço segue aberto para eventuais manifestações.

