Escolha de Derrite para relatar PL proposto por Lula revolta Lindbergh
O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), desagradou aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao escolher o deputado federal Guilherme Derrite (PP-SP) para relatar o Projeto de Lei Antifacção proposto pelo governo federal. O líder do PT na Câmara, deputado federal Lindbergh Farias, chamou a escolha de Motta de “desrespeito com o presidente Lula”.
Derrite, que é secretário de Segurança no governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos) em São Paulo, voltou à Câmara essa semana supostamente para relatar outro projeto contra o crime organizado, esse proposto pela oposição, que equipara as facções às organizações terroristas. Motta, porém, anunciou nesta sexta-feira (7/11) que o parlamentar paulista deve relatar o projeto proposto por Lula e ele já disse que pretende apresentar um substitutivo com muitas mudanças.
“Vou apresentar um substitutivo ao projeto, acatando pontos enviados pelo Governo Federal ao Congresso, mas introduzir mudanças de extrema importância para criarmos o novo Marco Legal de Combate ao Crime Organizado no Brasil”, disse Derrite.
Leia também
-
Brasil
Motta anuncia que Derrite relatará PL proposto por Lula contra facções
-
Brasil
Motta chega na COP30 defendendo projetos aprovados pela Câmara
-
Igor Gadelha
Gleisi busca Motta para barrar PL que equipara facções a terroristas
Protesto petista
“O projeto de lei antifacção é uma prioridade do governo Lula e colocar nas mãos do secretário de segurança do governador Tarcísio beira uma provocação. Parece um interesse deliberado de não aprovar e de atrapalhar a tramitação da pauta prioritária do governo na área de segurança pública”, disparou Lindbergh logo após o anúncio de Motta.
Lula enviou a proposta com urgência constitucional em 31 de outubro, o que dá à Câmara um prazo de 45 dias para apreciá-la. O texto cria o crime de organização criminosa qualificada e prevê aumento de pena para integrantes dessas facções.
Paralelamente, tramita na Casa um projeto que equipara facções criminosas a organizações terroristas. A oposição pressiona Motta a apensar as duas propostas, enquanto a base governista se posiciona contra.

