Esquerda errou ao permitir o avanço da extrema-direita, diz Lula em NY
Nova York e Brasília – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quarta-feira (24/9) que líderes democratas erraram ao “permitir o avanço da extrema-direita no mundo”. A fala ocorreu durante a reunião “Em Defesa da Democracia, Combatendo Extremismos”, à margem da Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), em Nova York.
Acompanhe:
“A gente tem que responder: onde é que os democratas erraram? Onde é o momento em que a esquerda errou? Por que permitimos que a extrema-direita cresça com a força que está crescendo? É virtude deles ou incompetência nossa?”, questionou o presidente durante sua intervenção.
Leia também
-
Brasil
Alckmin celebra “boa química” entre Lula e Trump na ONU
-
Mundo
Após afagos de Trump, Lula ganha elogios de Macron: “Guerreiro”. Vídeo
-
Mundo
Em NY, Lula participa de ato pela democracia com líderes e sem Trump
-
Mundo
ONU divulga foto de Trump assistindo ao discurso de Lula
O chefe do Planalto também fez uma autocrítica ao comentar o distanciamento de líderes políticos com a sociedade civil. Ele afirmou que essa postura leva ao “fracasso da democracia”.
“Muitas vezes a gente ganha as eleições com discurso de esquerda e quando a gente começa a governar, a gente atende muito mais aos interesses dos nossos inimigos do que dos nossos amigos. Muitas vezes, a gente governa dando resposta ao que a imprensa publica sobre nós; à cobrança do mercado; à necessidade de contentar os adversários. E muitas vezes os nossos eleitores que foram para as ruas, que apanharam, que foram achincalhados, são considerados por nós sectários e radicais”, disse.
“Eu penso que antes de procurar a virtude do extremismo de direita, nós temos que procurar os erros que democracia cometeu na relação com a sociedade civil. Como estamos exercendo a democracia nos nossos países? Se a gente encontrar essa resposta a gente volta a vencer a direita”, seguiu o petista.
O encontro sobre democracia é liderado pelo presidente Lula, Gabriel Boric (presidente do Chile) e Pedro Sánchez (presidente de governo da Espanha).