“Eu acho que o juro vai começar a cair”, diz Haddad

“Eu acho que o juro vai começar a cair”, diz Haddad

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), reafirmou nesta segunda-feira (22/9), durante um evento em São Paulo, que acredita no início do ciclo de cortes da taxa básica de juros (Selic) pelo Banco Central (BC) em breve.

Na semana passada, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC anunciou a manutenção dos juros básicos da economia brasileira em 15% ao ano. A taxa básica de juros é o principal instrumento do BC para controlar a inflação.

Quando o Copom aumenta os juros, o objetivo é conter a demanda aquecida, o que se reflete nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Assim, taxas mais altas também podem conter a atividade econômica.

Ao reduzir a Selic, por outro lado, a tendência é de que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica.

“O juro no Brasil não se explica só pela questão fiscal. Existem muitas outras coisas que explicam o juro no Brasil. O fiscal é importante? É muito importante. Mas não é a única explicação para esse patamar de juros”, disse Haddad, ao participar de um seminário promovido por um banco, na capital paulista.

“Eu acho que o juro vai começar a cair e, na minha opinião, vai cair de forma consistente e sustentável”, prosseguiu o ministro da Fazenda.

“Eu não sei em qual momento. Mas em algum momento, com os dados de inflação que nós estamos colhendo, com o dólar no patamar em que está, as coisas vão melhorar muito no ano que vem. Acho que será uma trajetória sustentável”, concluiu Haddad.

Em agosto deste ano, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, recuou 0,11% – o que representou uma queda de 0,37 ponto percentual em comparação a julho (alta de 0,26%). Essa foi a primeira deflação registrada neste ano, após sete meses seguidos de aumento dos preços.

Em linhas gerais, chama-se de deflação a queda média de preços de produtos e serviços, que ocorre de forma contínua. Trata-se de uma “inflação negativa” – ou seja, abaixo de zero.

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