EUA: militares podem ser punidos por zombarem da morte de Kirk

O Pentágono anunciou que vai tomar medidas disciplinares contra militares das Forças Armadas dos Estados Unidos que “celebram ou zombam” o assassinato do influenciador conservador Charlie Kirk, por meio das redes sociais. Até o momento, o departamento não informou se e quantos militares foram punidos.
“Não toleraremos aqueles que celebram ou zombam do assassinato de um compatriota americano no Departamento de Guerra”, escreveu Sean Parnell, o principal porta-voz do Pentágono, no X, referindo-se ao novo nome do departamento de Defesa.
A publicação foi compartilhada pelo secretário de Defesa norte-americano, Pete Hegseth, que, assim como o presidente Donald Trump, conhecia Kirk pessoalmente.
Comandantes estão verificando o comportamento dos militares nas redes sociais e “tomando as medidas administrativas e disciplinares necessárias para responsabilizá-los”. Três autoridades americanas informaram que as medidas incluem a dispensa militar, além de outras advertências.
“É uma violação do juramento, é uma conduta imprópria, é uma traição aos americanos que eles juraram proteger e perigosamente incompatível com o serviço militar”, concluiu o porta-voz do Pentágono.
Políticos e autoridades dos EUA ameaçaram usar todo o peso do governo federal contra o que alegaram ser uma “rede de esquerda que financia e incita a violência”.
Enquanto os investigadores trabalham para identificar o que motivou a ação de Tyler Robinson, 22 anos, preso como suspeito de matar Kirk, o governador republicano de Utah, Spencer Cox, alegou que ele tinha uma “ideologia esquerdista” e que agiu sozinho.
A Casa Branca e aliados do presidente Donald Trump sugeriram que ele fazia parte de um movimento coordenado que fomentava a violência contra conservadores — sem apresentar evidências da existência de tal rede.
Ao jornal The New York Times, dois altos integrantes do governo falaram anonimamente e afirmaram que secretários de gabinete e chefes de departamentos federais estavam trabalhando para identificar organizações que financiavam ou apoiavam a violência contra conservadores.