EUA voltam a ameaçar Nigéria por suposto genocídio de cristãos
A Casa Branca voltou a endurecer o discurso contra o governo da Nigéria após os recentes relatos de ataques a comunidades cristãs no país africano. Nesta terça-feira (4/11), a porta-voz Karoline Leavitt afirmou que os Estados Unidos estão “profundamente preocupados” com a escalada da violência religiosa e não descartam medidas severas caso as mortes continuem.
“Se o governo nigeriano continuar permitindo o assassinato de cristãos, os Estados Unidos suspenderão imediatamente toda a ajuda e assistência à Nigéria e poderão tomar medidas para eliminar os terroristas islâmicos que estão cometendo essas atrocidades horríveis”, declarou Leavitt, em entrevista coletiva.
A declaração da secretária de imprensa reforça o tom adotado dias antes pelo presidente Donald Trump, que chegou a ameaçar uma “ação militar rápida” caso Abuja — a capital nigeriana — não reprima os ataques.
Em publicação no Truth Social, o republicano chamou a Nigéria de “país desonrado” e afirmou que as forças norte-americanas estão prontas para agir “com rapidez e firmeza” contra grupos extremistas.
Governo nigeriano reagiu
O governo da Nigéria, liderado por Bola Tinubu, reagiu às acusações, negando qualquer tipo de conivência com os crimes e afirmando que o país “defende a liberdade religiosa e combate o extremismo em todas as suas formas”. Em nota oficial, o Ministério das Relações Exteriores destacou que a “caracterização da Nigéria como religiosamente intolerante não reflete a realidade nacional”.
“A Nigéria continuará a proteger todos os seus cidadãos, independentemente de raça, credo ou religião”, afirmou o comunicado. “Como a América, celebramos a diversidade — nossa maior força.”
A crise entre as diplomacias se intensificou após Washington recolocar a Nigéria na lista de “países de preocupação particular”, por supostas violações à liberdade religiosa. A lista inclui outras nações como China, Rússia, Mianmar, Coreia do Norte e Paquistão.







