Flávio diz que Bolsonaro ficou sem respirar antes de internação. Vídeo

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi levado às pressas ao hospital DF Star, em Brasília, na tarde desta terça-feira (16/9), após sofrer queda de pressão, crise de soluços e episódios de vômito. Ele cumpre prisão domiciliar desde agosto e foi escoltado por comboio policial e helicóptero até o hospital. Segundo o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), o pai chegou a apresentar um quadro mais grave e ficou sem respirar por alguns segundos.
“Hoje foi um episódio mais drástico, onde o soluço dele foi aumentando. Ele quando, às vezes pela repetição, ele diz que trava o diafragma dele e teve um episódio de vômito a jato, com força, ficou quase dez segundos sem respirar. O jeito que ele conseguiu de respirar foi fazendo isso, com vômito forte, tontura, pressão muito baixa”, relatou a jornalistas em frente ao hospital.
Confira a declaração de Flávio:
Segundo o cardiologista Leandro Echenique, que acompanha Bolsonaro desde 2018, o ex-chefe do Executivo deverá permanecer internado e passar a noite na unidade hospitalar.
A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro informou pelas redes sociais que o marido está medicado. “Ele fez alguns exames e, neste momento, está com medicação intravenosa”, publicou.
Histórico de saúde
O boletim médico divulgado no último domingo (14/9) apontou que Bolsonaro apresenta anemia por deficiência de ferro. A tomografia de tórax também revelou imagem residual de pneumonia recente por broncoaspiração. Além disso, no fim de semana, ele retirou oito lesões de pele e recebeu reposição de ferro por via endovenosa.
Desde o atentado a faca sofrido durante a campanha de 2018, o ex-presidente passou por diversas internações e cirurgias relacionadas às complicações do ataque.
Prisão domiciliar
Bolsonaro cumpre prisão domiciliar por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), desde 4 de agosto. A medida foi aplicada após descumprimento de cautelares em inquérito que investiga articulações contra interesses do Brasil, em parceria com o seu terceiro filho, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que atualmente está nos Estados Unidos.
Na última semana, a Primeira Turma do STF condenou o ex-presidente, em outra ação, a 27 anos e 3 meses de prisão, por liderar uma trama golpista para tentar se manter no poder após a derrota eleitoral de 2022. Outros sete aliados também foram condenados.