GO: réu é condenado por matar fazendeiro na frente da família

GO: réu é condenado por matar fazendeiro na frente da família

Goiânia – Assassino do fazendeiro Jorge Alex Gonçalves Tozi, de 42 anos, Pedro da Costa Mendes, de 29, foi condenado pelo Tribunal do Júri de Ipameri (GO) a mais de 20 anos de prisão em regime fechado pelo crime. A decisão foi publicada na terça-feira (2/9), pouco mais de um ano após o homicídio. O réu não poderá recorrer em liberdade.

O fazendeiro foi morto a tiros nos braços da esposa e na frente da filha, de 6 anos, em uma propriedade rural de Campo Alegre de Goiás, no sudeste goiano. O crime ocorreu em 23 de junho de 2024.

O inquérito policial apontou que o homicídio possivelmente ocorreu por vingança ligada a dívidas. O réu chegou a confessar o crime, mas não detalhou a motivação.

Segundo os autos, há indícios de que o motivo tenha relação com questões financeiras. Também foram anexados prints de ameaças recebidas pelo irmão da vítima, nos quais o autor menciona a morte do fazendeiro e ameaça familiares caso dívidas não sejam pagas, indicando que o mesmo possa ser responsável pelo homicídio.

Condenação

Segundo a sentença, assinada pelo juiz Yvan Santana Ferreira, presidente do Tribunal do Júri, o crime foi cometido com motivo fútil e recurso que dificultou a defesa da vítima. O magistrado destacou a “brutalidade, covardia e crueldade” dos disparos, apontando que Pedro atirou duas vezes contra Jorge, inclusive um “tiro de confere” quando o fazendeiro já estava ferido e caído nos braços da esposa.

A decisão considerou ainda os maus antecedentes do réu e as consequências graves para a família, que presenciou o crime — a filha da vítima, a esposa e a sogra estavam no local e precisaram de acompanhamento psicológico.

A pena levou em conta as circunstâncias do homicídio. Sendo a pena-base fixada em 18 anos e 9 meses pela violência do ato, os antecedentes criminais e os danos causados. Em seguida, a presença da agravante (recurso que dificultou a defesa) foi compensada com a confissão espontânea, resultando em 20 anos, 3 meses e 22 dias de reclusão em regime inicial fechado.

Não foi estabelecida reparação financeira mínima por falta de pedido do Ministério Público, e o réu não teve direito a penas alternativas nem suspensão condicional da pena enquanto aguarda recurso.

Investigação e prisão

De acordo com a denúncia do Ministério Público de Goiás (MP-GO), o crime ocorreu por volta das 15h30 de 23 de junho de 2024, na região da Soledade, zona rural de Campo Alegre de Goiás. Um vídeo registrou o momento em que Pedro desce de um carro preto armado com uma carabina calibre .38 e efetua os disparos. Após atirar, o homem foge.

A Polícia Militar informou, à época, que Pedro foi localizado em 7 de julho de 2024 escondido em uma casa abandonada na zona rural de Ipameri. A arma usada no crime foi apreendida, com R$ 300 em dinheiro. O acusado foi preso e encaminhado para a delegacia de Ipameri, sendo indiciado por homicídio qualificado.

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