Haddad: Brasil abriu avenida para reaver relações cordiais com os EUA

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quinta-feira (16/10) que, apesar de ainda não saber quais os caminhos devem vir pela frente sobre as negociações entre Brasil e Estados Unidos, foi aberta uma “avenida para restabelecer relações cordiais como sempre tivemos”.

De acordo com ele, a principal ferramenta do governo brasileiro será a separação da questão política dos interesses comerciais.

O ministro afirmou já ter conversado com o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira. “E ele me pareceu bastante confiante no clima que se restabeleceu entre os dois governos”, disse, ao chegar na sede do Ministério da Fazenda, em Brasília.

Mauro Vieira e o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, têm ruenião marcada nesta quinta, às 15hs, em Washington, para tratar sobre o tarifaço imposto pelo presidente americano, Donald Trump, ao Brasil.

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Haddad disse, ainda, que não existem conversas marcadas entre a equipe da Fazenda e os representantes dos EUA.

Tarifaço

Trump impôs uma tarifa de 50% sobre vários produtos brasileiros, sob a justificativa de proteger a economia americana. Desde então, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem tentado se reunir com a equipe da Casa Branca para negociar a sobretaxa, mas obteve respostas.

O debate, segundo membros do governo, recebeu influencias politicas por meio do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL/SP), que fez campanha junto ao governo americano após o julgamento e condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

No entanto, durante a abertura da Assembleia-Geral da Organização nas Nações Unidas (ONU), Lula e Trump tiveram o seu primeiro encontro e abriram canal para as discussões entre os países.

MP do IOF

Questionado, Haddad avaliou que ainda não se reuniu com o presidente para tratar sobre as alternativas a Medida Provisória (MP) do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). “Estou esperando o presidente me chamar, ele ainda não me chamou”, disse Haddad.

Após ser derrotado no Congresso Nacional, o governo precisa buscar novas fontes de arrecadação ou de cortes de despesas para fechar as contas públicas no próximo ano.

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