Líder do PT questiona parcialidade do relator no caso de Eduardo

O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), enviou nesta segunda-feira (29/9) uma petição à Mesa Diretora e ao Conselho de Ética alegando que o relator designado para o caso de Eduardo Bolsonaro (PL-SP), deputado Delegado Marcelo Freitas (União Brasil-MG) é “imparcial”.

“Em discursos já registrados em Plenário, Marcelo Freitas chegou a expressar “apreço” e “respeito” por acusados de atos golpistas, afirmando que a denúncia contra eles “nem sequer deveria estar sendo discutida” e que uma eventual condenação seria “uma vergonha”, não para os golpistas, mas para o Poder Judiciário. Tais palavras revelam não apenas um posicionamento favorável aos acusados, mas verdadeiro desprezo pelas decisões da Suprema Corte”, diz trecho da representação.

O petista relembra ainda de quando o deputado mineiro saiu em defesa a anistia ampla, geral e irrestrita aos condenados pelos atos do 8 de Janeiro. “Defendo com clareza a anistia ampla, geral e irrestrita aos condenados pelos atos do dia 8 de janeiro! Sou totalmente contra os abusos cometidos pelo Supremo Tribunal Federal! Defendo o impeachment de Alexandre de Moraes, além de mandato para ministros do STF!”, escreveu o deputado Marcelo Freitas em sua página no X.

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Como mostrou o Metrópoles, o relator da possível cassação de Eduardo Bolsonaro votou em pautas favoráveis ao bolsonarismo, como a urgência do Projeto de Lei (PL) da Anistia, agora chamado de PL da Dosimetria, e a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Blindagem.

“O risco à imparcialidade é, portanto, duplo: de um lado, a relação de amizade pessoal e vínculos funcionais com Eduardo Bolsonaro; de outro, a convergência ideológica e política com as pautas defendidas pelo investigado e por seu grupo político”, afirma Lindbergh no documento enviado à Câmara.

Caso de Eduardo Bolsonaro no Conselho de Ética

Eleito por São Paulo, Eduardo Bolsonaro é alvo de queixa, apresentada pelo PT, que o acusa de atuar “contra os fundamentos da República”. Segundo o partido, Eduardo age contra autoridades brasileiras e se utiliza da imunidade parlamentar para atacar a ordem institucional.

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