Lula classifica como “bobagem” possível uso eleitoral contra MP do IOF
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou a mobilização de parlamentares contra a Medida Provisória (MP) 1303/2025, a MP do IOF, e afirmou que espera que o Congresso Nacional demonstre “maturidade” na votação da matéria, prevista para esta quarta-feira (8/10).
Em conversa com jornalistas, o chefe do Planalto classificou como uma “bobagem” a disputa eleitoral em torno do tema. Integrantes do governo têm apontado uma articulação do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), e de líderes do Centrão para derrubar o texto, em uma antecipação da corrida eleitoral.
“É uma bobagem colocar isso como uma questão eleitoral. Tem um momento adequado para acontecer as coisas. Poderia ter sido votado quatro meses antes, cinco meses antes, mas não foi votado. O Imposto de Renda poderia ter sido votado há um ano antes, mas não foi votado. Quem define o prazo é o Congresso Nacional. Está votando no prazo que eles decidiram votar. Se alguém quiser misturar isso com eleição, eu, sinceramente, só posso dizer que é uma pobreza de espírito extraordinária”, disse o presidente.
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Lula afirmou, também, que quem vota contra a MP está prejudicando o povo brasileiro. “Quando algumas pessoas pensam pequeno e dizem: ‘Não vamos votar, porque isso vai favorecer o Lula’, não é o Lula que vai ganhar. Na verdade, eles não estão me prejudicando em nada […]. Se eles não quiserem votar agora, eles estão votando contra os interesses do povo brasileiro, e não contra o Lula”, frisou.
A declaração do petista ocorreu durante o evento para sanção da medida provisória que cria o programa Luz do Povo.
Arrecadação
A MP 1303 prevê uma série de iniciativas para aumentar a arrecadação do Executivo, em uma alternativa ao aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). O texto precisa ser votado até o fim desta quarta para não perder a validade.
No esforço para aprovação da medida, o presidente convocou uma reunião com ministros e líderes do governo para alinhar estratégias. Como mostrou o Metrópoles, na coluna Igor Gadelha, Lula decidiu exonerar ministros que têm mandato de deputados para fortalecer a votação na Câmara.

