Lula defende acelerar transição energética em meio a “dificuldades”

Lula defende acelerar transição energética em meio a “dificuldades”

Belém — Em discurso na abertura da Cúpula do Clima, nesta quinta-feira (6/11), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu acelerar o processo de transição energética como forma de conter o avanço do aquecimento global. O petista citou “dificuldades e contradições” ao falar sobre a necessidade de reduzir o uso de combustíveis fósseis.

A declaração ocorre em meio às discussões sobre a polêmica concessão da licença para pesquisa de petróleo na Foz do Amazonas, na Margem Equatorial brasileira. O chefe do Planalto tem defendido o uso de recursos obtido por meio da exploração de petróleo para financiar a transição energética.

“Acelerar a transição energética e proteger a natureza são as duas maneiras mais efetivas de conter o aquecimento global. Estou convencido de que, apesar das nossas dificuldades e contradições, precisamos de mapas do caminho para, de forma justa e planejada, reverter o desmatamento, superar a dependência dos combustíveis fósseis e mobilizar os recursos necessários para esses objetivos”, disse o presidente.

Lula discursou na abertura da Cúpula do Clima, em Belém (PA), que conta com a presença de dezenas de chefes de Estado e delegações de mais de 140 países.

Justiça climática

Ao longo da fala, o petista defendeu “justiça climática” como uma aliada no combate à fome e à pobreza mundiais e ressaltou a importância do Acordo de Paris, tratado internacional adotado em 2015 com metas para limitar o aquecimento global e combater as mudanças climáticas.

“A justiça climática é aliada do combate à fome e à pobreza, da luta contra o racismo, da igualdade de gênero e da promoção de uma governança global mais representativa e inclusiva”, ressaltou Lula.

“Não podemos abandonar o objetivo do Acordo de Paris. O relatório de emissões da ONU estima que o planeta caminha para ser 2,5 graus mais quente até 2100. Segundo o mapa do caminho Baku-Belém, as perdas humanas e materiais serão drásticas. Mais de 250 mil pessoas poderão morrer a cada ano, o PIB global pode encolher até 30%. Por isso a COP30 será a COP da Verdade. É o momento de levar a sério os alertas da ciência, de encarar a realidade se teremos a coragem e determinação para transformá-la”, completou.

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