Moraes determina cumprimento de pena em domiciliar a “Débora do batom”
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou, nesta segunda-feira (15/9), o início do cumprimento da pena à Débora Rodrigues dos Santos, condenada a 14 anos de prisão pela participação nos atos antidemocráticos do 8/1, em 2023. Débora ficou conhecida por ter pichado a estátua da Justiça com a frase “perdeu, mané”.
Ela vai cumprir a pena, inicialmente, em prisão domiciliar, conforme decisão do STF de abril deste ano, com as seguintes medidas cautelares:
- Uso de tornozeleira eletrônica;
- Proibição do uso de redes sociais;
- Proibição de se comunicar com os demais envolvidos, por qualquer meio;
- Proibição de concessão de entrevistas a qualquer meio de comunicação (salvo expressa autorização do STF);
- Proibição de visitas que não estejam previamente autorizadas pelo STF (exceto advogados, pais e irmãos).
Não há mais recursos possíveis no STF
Em agosto deste ano, a condenação transitou em julgado, após esgotarem-se os recurso possíveis pela defesa. Débora foi enquadrada nos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, deterioração de patrimônio tombado e associação criminosa armada.
Ela também foi condenada a pagar 100 dias-multa no valor de 1/3 do salário mínimo (cerca de R$50 mil no total) e ao pagamento solidário de R$30 milhões por danos morais coletivos, que será divido entre os réus condenados pelos atos antidemocráticos.
O valor da multa solidária deverá ser destinado à reconstituição dos bens lesados, conforme o artigo 13 da Lei 7.347/1985.
Leia também
-
Grande Angular
8/1: mulher solta por Moraes diz que foi a Brasília para “espairecer”
-
Grande Angular
Moraes liberta mulher presa pelo 8/1 após ser deportada dos EUA
-
Grande Angular
STF julga recurso de coronel réu pelo 8/1 que pede suspensão da ação
-
Blog do Noblat
STF quer julgar Eduardo e Jair Bolsonaro por coação em breve
Atos do 8/1
Débora viajou ao Distrito Federal em 7 de janeiro de 2023. Na época, segundo a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), ela permaneceu no Quartel-General do Exército e, no dia seguinte, foi à Praça dos Três Poderes, onde participou dos atos antidemocráticos e pichou “perdeu, mané” na estátua da Justiça, utilizando um batom vermelho.
Em seguida, Débora comemorou o ato diante da multidão. A manicure reside em Paulínea, interior de São Paulo, e teve a concessão da prisão domiciliar no dia 28 de março deste ano.