Moraes vai ao Senado falar com Alcolumbre sobre segurança pública
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes se reuniu nesta terça-feira (4/11) com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP) para discutir temas relacionados à segurança pública.
A reunião ocorreu no Congresso e acabou perto das 14h. Nenhum dos dois se pronunciou sobre a conversa. Alcolumbre se limitou a afirmar, na saída, que o tema “com certeza foi sobre segurança”.
A conversa se deu logo depois da instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Crime Organizado no Senado, que vai investigar o tema pelos próximos meses.
De autoria do senador Alessandro Vieira (MDB-SE), a CPI tem, a partir desta terça, 120 dias para apurar especialmente o crescimento das facções e milícias em todo o país. Em uma primeira vitória do governo Lula, o senador Fabiano Contarato (PT-ES) foi eleito presidente da comissão.
A instalação da comissão ganhou tração depois da megaoperação deflagrada no Rio de Janeiro na semana passada para combater a expansão do Comando Vermelho (CV). A ação policial resultou em 121 mortes, sendo a mais letal da história do estado.

De acordo com Vieira, o avanço do crime organizado ocorre em razão do “abandono do poder público”: “Essa tragédia tem solução. Não é pauta eleitoreira, é urgência nacional”, disse o senador em suas redes sociais. Onze senadores integrarão a CPI, dos quais 10 já foram indicados pelas lideranças partidárias.
Moraes também está envolvido nas discussões acerca da megaoperação e, consequentemente, da segurança pública no país, uma vez que é o relator da ação conhecida como ADPF das Favelas, que monitora operações policias no Rio.
Logo depois da operação da última terça (28/10), Moraes mandou que o governador do Rio, Cláudio Castro (PL), explicasse os detalhes que levaram à incursão dos agentes. A resposta veio na noite de segunda-feira (3/11), quando o governador, que já havia definido a operação como um “sucesso”, afirmou que as ações seguiram as regras impostas pelo STF e utilizaram nível de força “compatível”.
“Diante desse contexto, o nível de força adotado pelas equipes policiais mostrou-se compatível com as ameaças letais enfrentadas e limitou-se à dotação institucional padrão: fuzis semiautomáticos de uso policial, pistolas semiautomáticas, armas de menor letalidade quando aplicáveis e viaturas blindadas destinadas à proteção e à mobilidade tática”, diz trecho do documento assinado por Castro.

