Motta encontra Tarcísio e Ciro para discutir projeto da anistia

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), encontrará nesta quarta-feira (3/9) o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e o presidente do PP, o senador Ciro Nogueira (PI). Eles discutirão o projeto de anistia aos condenados por tentativa de golpe de Estado.

O encontro ocorrerá logo após o encerramento da primeira semana de julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e aliados no Supremo Tribunal Federal (STF).

Até então, Motta tem demonstrado resistência em pautar uma anistia ampla, como quer o PL e uma ala do Centrão que busca um aval de Bolsonaro a Tarcísio, visando lançar o governador paulista à disputa pela Presidência em 2026.

O presidente da Câmara passou por vexame durante um motim bolsonarista deflagrado na Casa em nome da proposta, e tem confessado a interlocutores não ter disposição de aprovar uma versão do projeto que leve a uma briga com ministros e, depois, seja derrubado pelo STF.

Tarcísio, por sua vez, se tornou um dos principais articuladores da anistia. Ele entrou em campo de vez no fim do mês passado, após ser alvo de ataques do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). O governador, ex-ministro do governo Bolsonaro, foi acusado de deslealdade por se colocar como alternativa da direita para 2026, diante da inelegibilidade do ex-presidente.

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Após a articulação de Tarcísio, cresceu o número de deputados que dizem apoiar o projeto de anistia. A oposição alegou ter maioria ampla na Câmara, fator reconhecido pelos líderes, e tem pressionado Motta a pautar o projeto.

O presidente da Casa afirmou que não pautaria a urgência ou o mérito da proposta durante o julgamento, para evitar uma afronta direta ao STF. A expectativa da oposição é acordar a análise da proposta na próxima semana, após a Suprema Corte dar o veredito sobre o destino de Bolsonaro.

Já Ciro Nogueira representa a ala do Centrão que aderiu quase que integralmente ao projeto. Ele preside o PP, partido recém-federado com o União Brasil. As duas siglas passarão a funcionar como uma só a partir de 2026, e romperam com o governo Lula, visando uma candidatura de direita para 2026.

O presidente do Progressistas sonha em ser vice de Tarcísio; por isso; tem trabalhado pela anistia, como forma de garantir o apoio de Bolsonaro ao aliado.

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