Netanyahu libera novos assentamentos de Israel na Cisjordânia ocupada

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, assinou o plano para a criação de novos assentamentos de Israel na Cisjordânia ocupada. Ao dar sinal verde para a medida, nesta quinta-feira (11/9), o premiê israelense ainda prometeu que “nunca haverá um Estado Palestino”.
A assinatura do plano, apresentado pelo governo de Israel em maio deste ano, aconteceu durante uma visita de Netanyahu ao assentamento de Maale Adumim, no território palestino ocupado.
“Dissemos que não haveria um Estado Palestino e repetimos: não haverá um Estado Palestino”, declarou o premiê de Israel. “Este lugar é nosso. Cuidaremos do nosso país, da nossa segurança e do nosso patrimônio.”
A expectativa é de que 22 novas unidades habitacionais judaicas sejam criadas na região, através do projeto E1. Na prática, os novos assentamentos dividiriam os territórios da Cisjordânia e Jerusalém Oriental, considerados como partes da Palestina pela Organização das Nações Unidas (ONU).
Desde a Guerra dos Seis Dias, em 1967, Israel ocupa partes da Cisjordânia não só por meios militares, como também com a presença de assentamentos, vistos como ilegais pela maioria da comunidade e direito internacional.
A possível expansão de habitações judaicas no local contraria termos firmados nos Acordos de Oslo, de 1993, como parte do processo de paz entre palestinos e israelenses. Na época, Israel se comprometeu a não aumentar a presença na área.
Apesar do pacto, Netanyahu deixou claro, ao assumir o governo em 2022, que a ocupação e instalação de novos assentamentos na Cisjordânia seria a prioridade de sua nova administração.