Pendurado, ministro levará família para 7 de Setembro com Lula

Com destino ainda incerto no governo, o ministro do Turismo, Celso Sabino, vai com sua mulher e filhos acompanhar o desfile de 7 de Setembro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em Brasília (DF). Segundo interlocutores, o titular da pasta terá agenda com crianças que fazem parte de um programa de Turismo Cívico antes do evento oficial na Esplanada.
Sabino caiu nas graças do presidente Lula, mas tem permanência incerta no governo porque seu partido, o União Brasil, rompeu relações com o Planalto e ordenou que filiados entreguem seus cargos na máquina federal. O anúncio ocorreu na última terça-feira (2/9). Desde então, o titular da pasta tem tentado se equilibrar, e busca ganhar tempo para encontrar uma saída.
Como mostrou o Metrópoles, Sabino avisou ao União Brasil que seguiria as orientações da sigla, com prazo de 30 dias para desembarcar sem punições internas. Ao mesmo tempo, sinalizou ao Planalto vontade de permanecer no governo e usará esse tempo para negociar a permanência pelo menos até a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP30), que ocorrerá somente em novembro em Belém (PA).
Desde que seu partido anunciou o rompimento com Lula, Sabino tem tentado demonstrar que trabalhará independentemente do cenário político. No dia do anúncio do seu partido, ele ficou o tempo inteiro no ministério tocando agendas internas.
Alinhamento total ao governo
No dia seguinte ao desembarque do União Brasil, o presidente Lula chamou Sabino e outros ministros da cota do partido para um almoço no Palácio da Alvorada. O governo sinalizou desejo de permanência do titular da pasta, desde que atendidas condições de alinhamento político total ao Planalto.
Durante o encontro, a ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, reforçou o recado de que quem permanecer no governo deve demonstrar comprometimento com o projeto de reeleição. Ficou explícito que Sabino precisaria se esforçar para arregimentar a ala do União Brasil que deseja continuar alinhada a Lula, mesmo que esse grupo seja minoritário na sigla. O Planalto quer dedicação na busca de votos em projetos importantes na Câmara.