Presidente da Colômbia chama megaoperação no Rio de “barbárie”
O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, publicou na rede social X (antigo Twitter), nesta quarta-feira (29/10), um vídeo dos corpos enfileirados após a megaoperação deflagrada nessa terça-feira (28/10) contra o Comando Vermelho (CV) nos Complexos da Penha e do Alemão, no Rio de Janeiro.
Em um trecho da mensagem publicada, o líder colombiano classificou o episódio como “bárbarie”. “Essas lutas contra as gangues não são nada além de barbárie — o mundo da morte está tomando conta da política”, afirma Petro.
A megaoperação já é considerada a ação policial mais letal da história do Rio de Janeiro e do século 21, no Brasil. As forças de segurança do Rio informaram, no começo da tarde desta quarta, que são ao menos 119 mortos.
Veja na íntegra a manifestação de Petro:
Está luchas contra las bandas no es más que barbarie, el mundo de la muerte se apodera de la política.
Rio de Janeiro.— Gustavo Petro (@petrogustavo) October 29, 2025
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Cadáveres foram deixados na Praça São Lucas, na Penha
Foto: Tercio Teixeira/Especial Metrópoles
Mais de 50 corpos foram localizados em comunidades
Foto: Tercio Teixeira/Especial Metrópoles
Corpos deixados em via do Rio
Foto: Tercio Teixeira/Especial Metrópoles
Foto: Tercio Teixeira/Especial Metrópoles
Foto: Tercio Teixeira/Especial Metrópoles
Foto: Tercio Teixeira/Especial Metrópoles
Tercio Teixeira/Especial Metrópoles
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Cadáveres serão recolhidos
Tercio Teixeira/Especial Metrópoles
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Tercio Teixeira/Especial Metrópoles
Tercio Teixeira/Especial Metrópoles
Tercio Teixeira/Especial Metrópoles
Megaoperação no Rio deixa mais de 64 mortos
Tercio Teixeira/Especial Metrópoles
Em meio à crise, os consulados dos Estados Unidos, México, França e Alemanha emitiram avisos de segurança para cidadãos estrangeiros no Rio de Janeiro.
Em contraponto aos dados do governo do Rio, o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) informou que ao menos 132 pessoas morreram, entre elas quatro policiais, dois militares e dois civis.
Segundo o governo do Rio, a ação teve como objetivo desarticular a estrutura do CV, facção que domina territórios na capital fluminense. Até o momento, a Polícia Civil (PCERJ) informa que 113 pessoas foram presas.
O governador Cláudio Castro (PL) afirmou que os quatro agentes de segurança que morreram foram vítimas de “narcoterroristas durante a Operação Contenção”, classificando a ação como um dia histórico no enfrentamento ao crime organizado no estado.
Corpos levados à praça e reforço no policiamento
Na madrugada desta quarta, moradores do Complexo da Penha levaram ao menos 72 corpos para a Praça São Lucas, no interior da comunidade. Segundo relatos, os cadáveres estariam em áreas de mata entre os complexos da Penha e do Alemão, locais de confronto durante a operação.
Testemunhas afirmam que alguns corpos apresentam marcas de tiros, perfurações por faca nas costas e ferimentos nas pernas. Enfileirados no centro da praça, os mortos foram cercados por familiares e amigos que tentavam fazer o reconhecimento diante da ausência de informações oficiais.
Além disso, o governo do Rio anunciou nesta quarta um aumento no efetivo de policiamento nas ruas da cidade. Agentes administrativos da Polícia Militar foram realocados para as ruas, o que representa um aumento de mais de 40% no efetivo policial.
Segundo o governo do Rio, a ação tem atenção especial às principais vias expressas, zonas norte e sudoeste, acessos à Região Metropolitana e modais de transporte público.

